Temperaturas alcançam os 36ºC em maio, aponta meteorologia
Na Capital, as temperaturas devem ficar com a máxima de 32°C e mínima de 18ºC, com a umidade do ar relativa variando entre 30% e 90% com dias ensolarados.
Por: João Victor Reynol de Andrade
Uma grande massa de ar quente que afetou a região sudeste do País deve se mover rumo ao norte e adentrar ainda mais no estado de Goiás, segundo dados divulgados do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo). Esta massa de ar quente deve dificultar ainda mais a presença de chuvas no estado e alongar o período quente e seco como foi registrado na primeira semana de maio. De acordo com o órgão, Goiás ainda deve ter temperatura de até 5ºC acima da média para esta semana, entre 32ºC e 36ºC na região central e sul do estado, respectivamente.
Na Capital, as temperaturas devem ficar com a máxima de 32°C e mínima de 18ºC, com a umidade do ar relativa variando entre 30% e 90% com dias ensolarados. Contudo, como alerta o instituto, a umidade do ar pode cair e transitar para níveis menores e mais preocupantes.
Segundo o gerente do Cimehgo, André Amorim, em entrevista para o jornal O HOJE, as temperaturas elevadas e a umidade baixa são causadas por esta massa de ar quente que hoje afeta seis estados da região sudeste e centro-oeste. Além das temperaturas elevadas, grande parte do estado também estará com umidade relativa do ar abaixo da média de cerca de 30% a 40%. “Aqui no estado de Goiás, por enquanto, para esta semana, nós ainda teremos temperaturas mais elevadas que podem causar um desconforto também pela umidade abaixo da média”, diz o gerente.
De acordo com o relatório diário da previsão do tempo divulgado para este início de semana, cerca de 240 municípios goianos estão em fase de observação pela baixa umidade do ar. Para a organização, os cidadãos devem ficar atentos quanto tempo atual a fim de assegurar a saúde pessoal. Este é o quarto nível de alerta para a baixa umidade. Além disso, também alertam para o possível aumento de queimadas no estado que podem ser ocasionadas pela combinação do calor com o tempo seco.
Vale lembrar que este efeito atmosférico é o causador de estragos na região sul do país como visto nas enchentes e alagamentos no Rio Grande do Sul, que até hoje matou 66 pessoas no estado e desabrigou mais de 80 mil pessoas. As enchentes do rio Guaiba registradas ultrapassaram a média histórica do estado desde o ano de 1941 com um aumento registrado em até 5,3 metros. Essa intensidade do efeito atmosférico também é por causa dos últimos vestígios do efeito do aquecimento do mar pacífico, também chamado de El Nino, que ainda perdura neste mês de maio que ainda deve continuar até o mês de junho e julho.
Em Goiás, este efeito é a causa da intensificação e do prolongamento da massa de ar quente e do bloqueio atmosférico. Atualmente, a região sul do estado passa por alerta vermelho da onda de calor, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, o mais alto e descrito como grande perigo para a vida, pela desidratação, insolação e piora nas condições respiratórias. Enquanto isso, a região central do estado passa pelo alerta amarelo, descrito como perigo potencial e preza para que os cidadãos fiquem atentos com o tempo e com as recomendações do governo. (Especial para O HOJE)
