Uma jornada de determinação rumo à Tecnologia da Informação (TI)

Essa lembrança despertou em Joyce um novo interesse: a Tecnologia da Informação. Assim, após uma breve incursão em Ciência da Computação

Postado em: 06-05-2024 às 11h00
Por: Ronilma Pinheiro
Imagem Ilustrando a Notícia: Uma jornada de determinação rumo à Tecnologia da Informação (TI)
Joyce Beatriz Ferreira da Costa Silva, estudante e pesquisadora de Engenharia de Software na Universidade Federal de Goiás (UFG) | Fotos: Joyce Beatriz

Joyce Beatriz Ferreira da Costa Silva, uma estudante e pesquisadora da área de Engenharia de Software na Universidade Federal de Goiás (UFG), compartilha sua jornada inspiradora até mergulhar no mundo da Tecnologia da Informação (TI).

Nascida em uma família de classe média em Goiânia, Joyce cresceu em um ambiente onde a educação era valorizada. Desde cedo, sua mãe, sua maior fonte de incentivo, enfatizou a importância do estudo e da busca por conhecimento. Essa influência foi fundamental para moldar a determinação e a ambição de Joyce.

Seu primeiro contato com o mundo profissional foi como Jovem Aprendiz em uma empresa local. Ali, Joyce teve a oportunidade de explorar diferentes áreas, desde Crédito e Cobrança até Contabilidade Fiscal. Embora tenha gostado da experiência inicialmente, seu interesse pela Contabilidade foi ofuscado por uma lembrança marcante: Denise, uma profissional de TI que conheceu durante seu tempo como aprendiz. Denise era uma figura inspiradora para Joyce, com sua habilidade em resolver problemas complexos relacionados a sistemas e computadores.

Continua após a publicidade

Essa lembrança despertou em Joyce um novo interesse: a Tecnologia da Informação. Assim, após uma breve incursão em Ciência da Computação, ela encontrou seu verdadeiro lar acadêmico na Engenharia de Software. As disciplinas específicas do curso despertaram sua paixão pela programação e pela resolução de problemas tecnológicos.

Mas a jornada da pesquisadora não se limitou às salas de aula da UFG. Determinada a aproveitar ao máximo sua graduação, ela mergulhou de cabeça em atividades extracurriculares. Tornou-se monitora, participou ativamente da empresa Júnior de Engenharia de Software, foi representante dos discentes, integrou o Diretório Acadêmico e se envolveu com o grupo de robótica. Além disso, teve a oportunidade de estagiar em empresas de tecnologia e participar de hackathons, desafiando-se constantemente a aprender e crescer.

Um dos momentos mais marcantes de sua trajetória acadêmica foi quando teve a chance de cursar um semestre na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) através do programa de mobilidade acadêmica. Essa experiência enriquecedora ampliou seus horizontes e a conectou a uma rede ainda maior de profissionais e estudantes da área de TI.

Atualmente, Joyce é uma pesquisadora ativa na UFG, contribuindo para o avanço do conhecimento na área de Engenharia de Software. Além disso, dedica seu tempo como voluntária em programas como Women Techmakers do Google e GDG Goiânia, onde busca promover a diversidade e inclusão na comunidade de tecnologia.

Como mulher negra, ela enfrenta desafios únicos em sua jornada profissional. A falta de representatividade e a síndrome do impostor são obstáculos constantes que ela precisa superar. No entanto, ela se recusa a deixar que esses desafios a impeçam de alcançar seus objetivos. Ao contrário, eles servem como combustível para sua determinação e comprometimento com a causa da diversidade na TI.

Joyce acredita firmemente na importância de promover ambientes mais inclusivos e diversificados na área de TI. Ela destaca iniciativas como o Projeto ADAs da UFG, que visa incentivar a participação feminina na computação e combater as discriminações de gênero. Além disso, ela defende a importância de comunidades como o GDG Goiânia, que proporcionam um espaço seguro e acolhedor para profissionais e estudantes de tecnologia.

Em sua experiência profissional atual, Joyce tem a sorte de fazer parte de uma equipe de TI onde é respeitada e valorizada. No entanto, ela reconhece que nem todas as mulheres têm a mesma sorte. Por isso, continua dedicada a promover a igualdade de oportunidades e a incentivar mais mulheres a ingressarem na área de TI. (Especial para O Hoje) 

Veja Também