Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos atinge 70 cadastros em 30 dias

A Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO) lançada há apenas 30 dias pelos Cartórios de Notas de Goiânia, em colaboração com o Poder Judiciário, já registrou 70 cadastros de pessoas que formalizaram sua vontade de serem doadoras. O procedimento é realizado de forma online, diretamente nos Tabelionatos de Notas, por meio da plataforma nacional do e-Notariado, acessível pelo site oficial www.aedo.org.br.

Goiás registrou um total de 121 solicitações de AEDO até o momento, de acordo com dados do Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal (CNB/CF), que representa os 8.344 Cartórios de Notas do país. A nível nacional, mais de 4.570 pedidos foram feitos em todas as 27 unidades federativas do Brasil até 1º de maio.

O presidente do CNB/GO, Lucas Vieira Fernandes, destaca a importância desses números: “Em apenas 30 dias de funcionamento, os Cartórios de Notas de Goiás têm sido agentes fundamentais na concretização do desejo de mais de 120 pessoas em se tornarem doadoras de órgãos”, comenta, ao destacar que esse número reflete não apenas a eficiência do processo, mas também a solidariedade e consciência da população em relação à importância da doação de órgãos para salvar vidas.

Disponível gratuitamente para toda a população, a AEDO feita em cartório pode ser consultada pelos responsáveis do Sistema Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde, diretamente na Central Nacional de Doadores de Órgãos, através do CPF do falecido.

A autorização visa ajudar as mais de 560 pessoas atualmente na fila por um transplante de órgãos no estado de Goiás. Este procedimento pode ser solicitado digitalmente em qualquer um dos Cartórios de Notas do estado.

Para realizar a AEDO, o interessado preenche um formulário no site www.aedo.org.br, que é recebido pelo Cartório de Notas selecionado. Em seguida, é agendada uma sessão de videoconferência com o tabelião para identificar o interessado e coletar sua manifestação de vontade. Finalmente, o cidadão e o tabelião assinam digitalmente a AEDO, que fica disponível para consulta pelos responsáveis do Sistema Nacional de Transplantes.

Na plataforma, o cidadão pode escolher qual órgão deseja doar, como medula, intestino, rim, pulmão, fígado, córnea, coração ou todos. Com a AEDO, a manifestação de vontade do falecido fica registrada em uma base de dados acessada pelos profissionais de saúde, que terão em mãos a comprovação do desejo do falecido para apresentar à família no momento do óbito, conforme a legislação vigente. (Ronilma Pinheiro, especial para O Hoje)