SES-GO explica por que é preciso tomar a vacina da gripe todo ano

A cobertura para a vacina Influenza entre os grupos prioritários em Goiás é de 24,49% e no Brasil chega a 29,77%, segundo a SES-GO

Postado em: 15-05-2024 às 09h00
Por: Ronilma Pinheiro
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Dados divulgados pela pasta mostram que em 2024, 2.559 casos de SRAG foram registrados | Foto: Divulgação

Em meio ao aumento de casos da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) com a chegada do tempo frio e seco devido o outono, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) alerta para a vacinação contra doenças como a gripe (Influenza).

Dados divulgados pela pasta mostram que em 2024, 2.559 casos de SRAG foram registrados, sendo 161 por Influenza e 480 por Covid-19. A secretaria destaca que a grande maioria das notificações de SRAG neste ano está entre crianças menores de 2 anos (1.056) e entre idosos, com mais de 60 anos (557). A cobertura para a vacina Influenza entre os grupos prioritários em Goiás é de 24,49% e no Brasil chega a 29,77%, segundo a SES-GO.

A SES reforça o papel dos imunizantes e salienta que as vacinas estão disponíveis na rede pública de saúde para toda a população com idade acima de 6 meses, de forma gratuita, prevenindo casos graves e mortes. Flúvia Amorim, superintendente de Vigilância em Saúde da SES, destaca que as “vacinas sempre salvaram e continuam salvando vidas”.

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“Estamos vivendo um período com unidades de saúde cheias de pessoas com doenças respiratórias, principalmente idosos e crianças, e são justamente as vacinas que vão evitar internações e óbitos”, diz.

Flúvia chama atenção para a vacinação periódica contra a gripe  em decorrência de duas questões principais. A primeira é que os vírus sofrem mutações e a mudança de cepas das vacinas contra Influenza é fundamental para a eficácia. Esse processo de atualização é feito a partir de monitoramento constante, realizado por unidades de saúde chamadas de “sentinelas”. Elas coletam amostras de secreção de pessoas sintomáticas para análise no Laboratório de Saúde Pública Giovanni Cysneiros (Lacen), Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em segundo lugar, está a necessidade de fortalecer a imunidade da pessoa, já que após a imunização, em cerca de 10 meses a proteção começa a cair, e por isso, é preciso se vacinar. O imunizante, que antes era restrito a grupos específicos, agora está disponível a toda a população acima de 6 meses. O Estado recebeu 952 mil doses, distribuídas para mais de 900 salas de vacinação nos municípios. 

De acordo com a SES, a vigilância sentinela de síndrome gripal pode indicar o início da sazonalidade, de epidemias ou surtos dos vírus influenza. Cada unidade sentinela pode coletar até vinte amostras semanais (amostras clínicas) de pessoas sintomáticas por meio de swab orofaríngeo.

Na capital, o Centro Integrado de Atenção Médico Sanitária (CIAMS) Novo Horizonte desempenha esse trabalho de coleta. Anápolis, Aparecida de Goiânia, Posse, Uruaçu, Planaltina, Campos Belos e outros, também possuem unidades sentinela.

As vacinas trivalentes produzidas foram para as seguintes cepas: Influenza A/Victoria, Influenza A/Thailand e Influenza B/Austria (B/linhagem Victoria), de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que todos os anos, publica a composição das vacinas contra influenza que serão utilizadas no ano seguinte.  Além da Influenza, a revacinação também é importante para doenças como a Covid-19, outro vírus que sofre mutações.

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