Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Pesquisa afirma que goianos estão vivendo menos

Estado é o último do Centro-Oeste em longevidade e permanece atrás da média nacional

Postado em: 01-12-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Pesquisa afirma que goianos estão vivendo menos
Estado é o último do Centro-Oeste em longevidade e permanece atrás da média nacional

A expectativa de vida do goiano subiu para 74,3 anos, abaixo da média nacional que é de 76 anos, de acordo com IBGE

Felipe André*

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados relacionados a expectativa de vida em 2017. O Estado de Goiás teve um pequeno crescimento de 74,2 anos para 74,3 atualmente, mas segue abaixo da expectativa nacional que é de 76 anos. A divulgação é feita sempre no fim do ano seguinte.

Continua após a publicidade

Levando em consideração apenas o Centro-Oeste, Goiás é o último estado, ficando atrás de Mato Grosso (74,5), Mato Grosso do Sul (74,8) e Distrito Federal (78,4). Em Goiás, a diferença entre mulheres e homens também aumentou em 2017. A esperança de vida ao nascer cresceu menos entre a população masculina. Em 2016, os goianos viviam, em média, 71,1 anos, em 2017 esse número passou para 71,2. Entre as mulheres passou de 77,5 para 77,7 anos de idade.

Entre as Unidades da Federação, a maior expectativa de vida foi encontrada em Santa Catarina, 79,4 anos, e a menor no Maranhão, 70,9 anos. Uma pessoa idosa que completasse 65 anos em 2017 teria a maior expectativa de vida (20,3 anos) no Espírito Santo. Por outro lado, em Rondônia, uma pessoa que completasse 65 anos em 2017 teria expectativa de vida de mais 16 anos. Considerando-se a diferença por sexo, a população idosa masculina capixaba teria mais 18,3 anos e a feminina, mais 22,0 anos. Entre as menores expectativas, estão os homens idosos do Piauí, com mais 14,6 anos, e as mulheres de Rondônia, com mais 17,2 anos.

A estatística revela que o Estado anda na contramão do País. Enquanto o Brasil registrou um aumento maior da expectativa de vida ao nascer da população masculina (72,2 anos em 2016, para 72,5 anos) em relação a população feminina (79,4 anos em 2016, para 79,6 anos em 2017), de 1940 até 2017, a esperança de vida em Goiás cresceu 28,8 anos. Um resultado que também foi inferior ao nacional, cujo aumento foi de 30,5 anos. A expectativa ao nascer do País e do Estado eram iguais em 1940: de 45,5 anos. Em 2017, a diferença entre os dois é notória.

Mortalidade infantil

A lentidão segue perceptível quando o assunto é a mortalidade infantil. A média nacional entre 2000 e 2017, mostrou uma redução de 16,2 óbitos por mil crianças menores de 1 ano nascidas vivas. Em 17 anos, Goiás reduziu a mortalidade infantil em 9,4 por mil. Em 2017, a probabilidade de uma criança não completar o primeiro ano de nascida era de 14,5%. No mesmo ano, no Brasil, essa probabilidade era de 12,8%. Em 2000, no entanto, a expectativa em Goiás era menor que no País em 5,1 pontos percentuais.

Previdência

A atual expectativa de vida do brasileiro foi publicada no Diário Oficial da União. E então o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) vai atualizar a tabela de fator previdenciário, que é usada no cálculo das aposentadorias por tempo de contribuição. Essa tabela previdenciária gerada a partir da expectativa de vida reduz o benefício dos que se aposentam ainda jovens e eleva o valor a receber dos que adiam o pedido de aposentadoria.

As propostas de reforma da Previdência sugeridas até agora consideram a possibilidade de criar uma idade mínima acima dos 60 anos, para evitar aposentadorias que o governo federal considera precoces, mesmo os segurados já tendo atingido o tempo necessário de contribuição. A presente edição traz comparações com 1940, ano a partir do qual foi verificada uma primeira fase de transição demográfica, caracterizada pelo início da queda nas taxas de mortalidade.

A lógica de acordo com o fator previdenciário, portanto, é a seguinte: se o segurado pretende receber um valor maior de aposentadoria, sem redutor, ele deve retardar o pedido de benefício ao INSS. Ou seja, deve continuar trabalhando e contribuindo para a Previdência Social. (Felipe André é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

Veja Também