Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Em Goiás, sete Policiais são mortos em emboscada no ano de 2018

No Estado de Goiás, ao longo de 2018, sete policiais foram mortos por arma de fogo em casos que foram considerados “isolados”

Postado em: 03-12-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Em Goiás, sete Policiais são mortos em emboscada no ano de 2018

No Estado de Goiás, ao longo de 2018, sete policiais foram mortos por arma de fogo em casos que foram considerados “isolados” pela Polícia Militar (PM). Apesar disso, a corporação adiciona os casos em cursos para que sirva de exemplo em casos futuros. Três sofreram emboscadas, dois se envolveram em confusão e cometeram suicídio e o último se envolveu em uma briga de bar. Todos os fatos aconteceram à noite e a Polícia Civil evita dar muitos detalhes.

Em alguns casos a própria arma do policial está ligada ao crime. Nos casos citados anteriormente, um foi latrocínio, dois homicídios, dois assassinatos seguidos de suicídio, uma morte após confusão do bar e por último uma morte por engano.

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Acontecimentos

Em fevereiro deste ano, o tenente da reserva da Polícia Militar e médico ortopedista Antônio Carlos Castro, de 64 anos, foi abordado por dois ladrões enquanto procurava um endereço no setor Jardim Santo Antônio, em Goiânia. A emboscada aconteceu no início da noite e enquanto dava ré foi cercado por um carro, acelerou, mas acabou sendo baleado por um dos ladrões, tentou continuar dirigindo, mas acabou se chocando em um poste. Antônio Carlos não estava portando arma no momento.

Em maio dois novos casos. O primeiro aconteceu no dia 19 quando o soldado Douglas Gonçalves Lins, de 48 anos, estava em um bar na Praça Central da cidade de Americano do Brasil, a 100 quilômetros de Goiânia. Douglas trabalhava na 17ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) de Anicuns, e morava com a família em Americano do Brasil. Ele se envolveu em uma briga de bar e foi assassinado com a própria arma, com um tiro no pescoço. O soldado já chegou a responder processo disciplinar na corregedoria por brigar.

O segundo do mês foi no dia 31, quando Romão Amaral Gimenez, de 48 anos, soldado aposentado do Batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana (Rotam), mais conhecido como “Mão de Onça” sofreu uma emboscada e foi morto. Ele morava sozinho no Parque Amazônia, na capital goiana. O crime aconteceu enquanto Romão se aproximava do apartamento quando foi abordado e sofreu diversos tiros. Mesmo caído, os bandidos continuaram disparando.

A última emboscada aconteceu em junho. O soldado Dennyo Edno Gonçalves dos Santos, de 45 anos, estava chegando em casa, na Rua 10 do Conjunto Riviera, em Goiânia, por volta de 20h30, em um Corsa, quando foi abordado por meliantes que estavam dentro de um HB20 e atiraram ao menos 15 vezes. Dennyo faleceu antes da chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). De acordo com as informações, o alvo dos criminosos seria o filho do PM, de 22 anos, que supostamente teria rixa com traficantes de drogas da região.

Em outubro, o sargento da Rotam, Alessandro Rosa dos Santos, de 46 anos, se matou após assassinar uma mulher que estava em uma distribuidora de bebidas. A primeira informação foi de que a mulher que estava com ele, Josiene Rodrigues de Morais, 27, seria namorada do militar, mas os familiares de Alessandro negaram posteriormente. O fato aconteceu na Avenida Araucária, no Jardim Bela Vista, entre os municípios de Aparecida de Goiânia e a Capital. 

Poucos dias depois uma nova tragédia. O policial Flávio Farias de Oliveira, de 30 anos, estava em frente a um comércio quando sua arma disparou e assassinou seu amigo e estudante Matheus Oliveira de Castro, de 20 anos. Logo após o ocorrido, Flávio cometeu suicídio.

Por último um engano. O sargento Mackleyton Rodrigues Alves estava à paisana perseguindo um suspeito que estava com uma faca. O policial que atirou estava chegando em casa quando avistou duas pessoas correndo armadas. Em depoimento, ele afirmou que se identificou como policial, mas quando Mackleyton se virou e com uma arma em mãos efetuou os disparos, o homem que era perseguido também foi baleado e morto no local. O caso segue em investigação. (Felipe André é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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