Preço da banana sobe 179%, maior alta entre produtos da cesta básica

Além da banana, o papel higiênico, a margarina e a batata inglesa sofrem com a variação de preço

Postado em: 17-05-2024 às 12h00
Por: Alexandre Paes
Imagem Ilustrando a Notícia: Preço da banana sobe 179%, maior alta entre produtos da cesta básica
Levantamento comparou preços de 23 itens em seis estabelecimentos comerciais da cidade | Foto: Divulgação/Procon Anápolis

Uma pesquisa realizada pelo Procon Anápolis entre os dias 8, 9 e 10 de maio, identificou uma variação de 179% no preço da banana comercializada na cidade. A fruta, que pode ser encontrada de R$ 1,79 até R$ 4,99, lidera a lista de produtos que sofreram maior oscilação de preços na cesta básica neste mês.

Ao todo foram pesquisados 23 itens, de diferentes marcas, em seis estabelecimentos comerciais. Segundo o órgão, os preços refletem a realidade praticada no momento da coleta, podendo sofrer variações para mais ou para menos, já que tais produtos não são tabelados.

Além da banana, o papel higiênico aparece como segundo item com maior variação no preço (129%), com valores entre R$ 2,79 e R$ 6,39. Na sequência está a margarina, com 125% de oscilação e preços que vão desde R$ 3,99 a R$ 8,99. A batata inglesa ocupa o quarto lugar com 100% de diferença no valor, sendo o menor preço encontrado a R$ 5,99 e o maior a R$ 11,99.

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Nas feiras e supermercados, a mudança não passou despercebida. Dona Maria Aparecida, moradora de Anápolis, sente o impacto no dia a dia. “A banana sempre foi uma das frutas mais baratas e nutritivas para colocar na mesa. Agora, com o preço alto, fica difícil manter o consumo na mesma quantidade”, lamenta.

Para muitos, a banana é uma fonte crucial de nutrientes, como potássio e fibras, sendo especialmente importante na alimentação infantil e dos idosos. O aumento do preço força muitas famílias a buscarem alternativas mais baratas, que nem sempre possuem o mesmo valor nutricional.

De acordo com o levantamento, um indivíduo adulto que recebe um salário mínimo de R$ 1.412 comprometerá, neste mês de maio, R$ 593,38 de sua renda com a cesta básica individual, o que representa 42,01% do salário. Em abril, o preço médio da cesta básica era de R$ 599,31. 

Os Feirantes também sentem a pressão e buscam negociar melhores preços com os fornecedores. “Estamos tentando segurar o máximo possível o preço para não perder a clientela, mas é uma situação complicada. Muitas vezes, acabamos tendo que repassar o custo”, afirma José Carlos, feirante há mais de 20 anos no bairro do Ipiranga.

“É fundamental o consumidor sempre pesquisar os preços dos produtos antes de adquiri-los, por haver uma variação significativa de um estabelecimento para outro. Assim, o consumidor consegue economizar nas compras sem abrir mão da qualidade dos produtos”, pontuou o diretor do órgão, Wilson Velasco.

Algumas famílias estão optando por diversificar o consumo de frutas, incluindo maçã, laranja e mamão na dieta. No entanto, a substituição nem sempre é fácil. “Eu comprava banana toda semana. Agora, estou comprando menos e tentando variar com outras frutas, mas é difícil manter a mesma quantidade de nutrientes”, explica Fabiana Mendes, dona de casa.

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