Internações por dengue e doenças respiratórias aumentam em Goiânia

Dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da capital, mostram que de janeiro a abril deste ano, foram registradas 1055 internações somente em decorrência das síndromes respiratórias

Postado em: 18-05-2024 às 12h00
Por: Ronilma Pinheiro
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Na Capital, apenas 30.026 do público alvo tomou a vacina contra a dengue, sendo que a população estimada é 189.123 | Foto: Divulgação/SES-GO

As unidades de saúde de Goiânia têm registrado  um aumento expressivo no número de atendimentos de casos de doenças respiratórias e dengue. Consequentemente, o número de internações também teve um aumento significativo.

Dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da capital, mostram que de janeiro a abril deste ano, foram registradas 1055 internações somente em decorrência das síndromes respiratórias. Já as internações por dengue, somam 763, de acordo com o levantamento feito pela SMS, de janeiro a maio de 2024.

Por meio de nota enviada ao jornal O HOJE, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) disse que neste período de sazonalidade, onde o tempo está mais seco, as unidades de saúde da rede estadual em Goiânia também têm registrado aumento no número de atendimentos desses casos.

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De acordo com a pasta, o aumento de casos, resulta em um elevado número de pacientes com necessidade de internação hospitalar, além da demanda normal das unidades para especialidades que estão dentro do perfil de cada hospital como cirurgia geral, pediátrica, bucomaxilofacial, torácica, plástica neurológica, vascular e ortopedia/traumatologia, cardiologia, gastroenterologia, urologia, neurologia, dentre outros.

Segundo a SES, em relação às doenças respiratórias, um fator que tem contribuído para o agravamento dos casos é a baixa adesão à vacinação. Atualmente, a cobertura para a vacina da Influenza entre os grupos prioritários em Goiás, por exemplo, é de apenas 26,60%.

Na capital, apenas 30.026 do público alvo tomou a vacina contra a dengue, sendo que a população estimada é 189.123, de acordo com a secretaria. A Qdenga está disponível para crianças e adolescentes com idades entre 6 e 16 anos. As crianças com idades de 11 anos se destacam como o público que mais recebeu a vacina, com um total de 5.833 doses aplicadas, o que representa 33,4% do total de doses aplicadas.

Até o momento, Goiânia registrou 17178 casos de dengue e desses, 666 são graves, de acordo com a SMS. Além disso, a capital já conta 10 mortes pela doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti e outros 30 óbitos estão sob investigação. 

A SES destaca outra questão que pressiona o atendimento. A demanda espontânea. Apesar das unidades serem de alta complexidade, os pacientes as procuram de forma espontânea e preferem aguardar o atendimento por longos períodos do que buscar as unidades de atenção básica e urgência e emergência de seus municípios.

Com isso, os órgãos trabalham desde o ano passado, junto aos municípios de Goiânia e região metropolitana, para a reorganização das suas redes de urgências e unidades da Atenção Primária de Saúde. A ideia é que os pacientes com casos de menor gravidade sejam atendidos nas unidades mais próximas de suas residências, como em Estratégias de Saúde da Família, Postos de Saúde, Centro de Atenção Integrada à Saúde (CAIS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAS).

Assim, essas unidades municipais conseguem absorver grande parte das demandas que acabam chegando para as unidades da SES. A pasta destaca que as unidades de saúde estaduais, preconizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), devem atender casos realmente mais graves que podem vir de todos os municípios goianos, já que estão preparadas para atender pois são de média e alta complexidade.

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