Investigação da PF identifica servidora suspeita de vazar prova do Enem
Após o alerta do INEP, a PF identificou pelo menos oito compartilhamentos ilegais do conteúdo das provas do Enem
Por: Matheus Santana
A Polícia Federal (PF) concluiu a investigação sobre o vazamento da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) realizado no ano passado. A investigação revelou que uma pessoa contratada para aplicar a prova em Belém, capital do Pará, tirou uma foto da redação às 13h50 e enviou a uma amiga, que, segundo a PF, é professora.
A investigação teve início um dia após a aplicação da prova, realizada em 5 de novembro de 2023, quando foi descoberta a divulgação da prova antes da liberação oficial do conteúdo pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).
Após o alerta do INEP, a PF identificou pelo menos oito compartilhamentos ilegais do conteúdo das provas do Enem. No segundo dia de prova, a segurança nos locais de aplicação foi reforçada.
No mês de janeiro, a PF deflagrou a Operação Limite Virtual para investigar o caso, cumprindo dois mandados de busca e apreensão na cidade de Sobral, no Ceará.
Segundo a Polícia Federal, a servidora identificada como autora da foto vazada pode ser condenada a até quatro anos de prisão, além de multa, por divulgar conteúdo sigiloso de processo seletivo para ingresso no ensino superior.
Este ano, as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) serão aplicadas nos dias 3 e 10 de novembro. O edital já foi publicado e as inscrições poderão ser realizadas entre 27 de maio e 7 de junho.
