Polícia confrontará versão de fisiculturista com imagens em 3D das lesões da vítima

Marcela Luise, de 31 anos, morreu na noite desta segunda-feira após passar 10 dias na UTI

Postado em: 22-05-2024 às 16h27
Por: Rauena Zerra
Imagem Ilustrando a Notícia: Polícia confrontará versão de fisiculturista com imagens em 3D das lesões da vítima
Marcela Luise, de 31 anos, morreu na noite desta segunda-feira após passar 10 dias na UTI I Foto: Divulgação/TV Anhanguera

A Polícia Técnico Científica está utilizando imagens em 3D para examinar minuciosamente as lesões presentes no corpo de Marcela Luise de Souza, vítima de suposta violência física pelo seu parceiro, o fisiculturista Igor Porto, que está preso como suspeito do crime. Embora ele alegue que as lesões foram causadas por uma queda em casa, a Polícia Civil planeja confrontar a versão do suspeito com as imagens obtidas.

As imagens em 3D foram produzidas por um equipamento de tomografia na terça-feira (21), após a morte de Marcela, que passou 11 dias em estado grave internada em um hospital particular em Aparecida de Goiânia. Tais imagens, geradas pelo equipamento, permitirão que a perícia identifique detalhadamente cada lesão e fratura encontrada, conforme explicado por Ricardo Matos, superintendente da Polícia Científica.

“Foi muito importante trazê-la, uma vez que o histórico trazia uma situação de uma única queda. Havia também o histórico de múltiplas fraturas. Então, localizar esses vestígios, a localização exata, a dimensão e a profundidade de cada fratura com a história que foi apresentada pelo suspeito, vai ser muito importante para que a nossa colega delegada possa concluir as investigações”, disse Matos à TV Anhanguera.

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Entenda o caso 

Marcela Luise, de 31 anos, morreu na noite desta segunda-feira (20), em Aparecida de Goiânia, após passar 10 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

A mulher estava inconsciente quando deu entrada no hospital, no último 10 de maio e chegou a ficar em coma durante o período em que esteve internada. Segundo a Polícia Civil, a mulher teve traumatismo craniano, oito costelas quebradas e escoriações pelo corpo.

O fisiculturista Igor Porto Brandão, está preso desde sexta-feira (17). A delegada Bruna Coelho investiga o caso e revela que o homem possui histórico de violência doméstica contra uma ex-namorada e contra Marcela.

No primeiro inquérito por lesão corporal, a vítima solicitou medida protetiva, porém o pedido foi retirado após o casal reatar.

Igor alegou que a mulher teria sofrido uma queda enquanto limpava a casa. No entanto, o hospital afirmou à delegacia que as lesões não eram condizentes com uma queda.

 Os advogados de Igor, Thiago Marçal Ferreira Borges e Gelicio Garcia de Morais Júnior, lamentaram a morte de Marcela e disseram que entrarão com pedidos para que a prisão preventiva seja substituída por outras medidas cautelares.

Nota da defesa de Igor na Íntegra 

“No ponto de vista da defesa, não estão presentes os requisitos da prisão preventiva, ou seja, de garantia da ordem pública, garantia da instrução criminal ou assegurar a aplicação penal. Explico: o Igor possui profissão lícita, é nutricionista e educador físico, tem endereço fixo, é primário. Em momento algum existe algo no processo que ele interferiu no bom andamento da investigação, pelo contrário, a Polícia Civil esteve em sua residência fora de horário a fim de fazer perícia, e ele autorizou. Perícia essa que teve como resultado inconclusiva. Importante salientar que o colega advogado que estava acompanhando o Igor, já havia ido na Delegacia e colocado o Igor à disposição da autoridade policial. Até o presente momento o Igor não foi ouvido. A defesa vai entrar com os pedidos cabíveis a fim de que a prisão preventiva seja substituída por medidas cautelares diferente do cárcere.”

 

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