Personal trainer suspeito de importunação sexual pediu a aluna não denunciar o caso, diz polícia

O caso ocorreu na tarde de terça-feira (21), e o homem foi preso no mesmo dia, em Caldas Novas.

Postado em: 23-05-2024 às 10h46
Por: Matheus Santana
Imagem Ilustrando a Notícia: Personal trainer suspeito de importunação sexual pediu a aluna não denunciar o caso, diz polícia
A defesa do personal trainer informou que a justiça de Goiás determinou a soltura do suspeito | Foto: Redes Sociais / PMGO

O personal trainer Bruno Fidelis, é suspeito de importunação sexual contra uma aula durante uma avaliação física, após isso o profissional pediu desculpas a ela por mensagem de texto. As mensagens foram divulgadas pela Polícia Militar de Caldas Novas (GO), segundo as informações o personal tentou convencer a jovem de 22 anos a não denunciar o caso.

O caso ocorreu na tarde de terça-feira (21), e o homem foi preso no mesmo dia, em Caldas Novas. A defesa do personal trainer informou que a justiça de Goiás determinou a soltura do suspeito. Devido a isso, a audiência de custódio, que estava prevista para quarta-feira (22), não aconteceu.

Segundo o delegado Alex Miller, a mulher revelou que o crime ocorreu durante uma avaliação física. Ela relatou que estava de biquíni para serem feitas medições e fotografias. Além disso, ela também disse que, quando o personal foi fazer uma medição, ele teria passado a acariciar os seios dela por debaixo do biquíni.

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Ainda de acordo com as informações, a mulher já fazia acompanhamento com o personal há 40 dias. Em depoimento, o personal disse que não tirou proveito sexual da situação e que foi mal-entendido pela jovem.

Nos prints, é possível ver quando a jovem confronta o personal, dizendo que ele passou a mão nela, e ele pede desculpas dizendo achar que “estava sendo correspondido”.

Foto: Divulgação / PM

Nota de defesa do personal na íntegra:

“Os advogados Lucas Morais Souza e Arlen S. Oliveira esclarecem que ainda estão tomando ciência das acusações arroladas nos autos de inquérito policial. Informam ainda que o personal exerce a profissão há mais de cinco anos, atendendo mais de 100 alunos neste período, pautando sempre pela ética, transparência e a busca do melhor resultado para os alunos.

Neste período, nunca obteve nenhuma reclamação de seus alunos, e, no curso das investigações demonstrará a improcedência das acusações. Nesse compasso, a defesa buscará no curso do processo demonstrar que o investigado agiu sempre pela boa-fé e ética, cumprindo com o exercício da função que lhe foi confiado por seus alunos.

Sobre as conversas trocadas no dia do suposto fato, percebe-se pelo próprio teor que em momento algum houve conotação de ameaça, coação ou constrangimento, mas simplesmente um ato de buscar esclarecer os fatos mal entendidos.

A relação entre aluna e personal era amistosa o que pode também ser percebido pelas mensagens enviadas e compartilhadas via redes sociais durante os treinos pela própria aluna.

Os advogados Lucas Morais Souza e Arlen S. Oliveira esclarecem que a Delegacia de Polícia Civil encaminhou ao judiciário as documentações e levantamentos apurados até o presente momento. Na ocasião, o juízo responsável pelo caso, ao analisar os documentos, deliberou da seguinte maneira: ‘O autuado constituiu defensor, apresentou comprovante de endereço, possui ocupação lícita, não possui condenações transitadas em julgado.

Desse modo, não há motivos que justifiquem o decreto preventivo, com base nos pressupostos autorizadores (art. 312 do CPP). In casu, qualquer afirmação no sentido de que existem motivos para manter a prisão do autuado não passará de presunção de periculosidade, o que viola o ordenamento constitucional, mormente o princípio da inocência, vez que o autuado ainda não foi submetido a julgamento.’

Por fim, informamos que as informações levantadas são embrionárias e que qualquer julgamento neste momento ofende o princípio da presunção de inocência. Os fatos devem ser apurados sob o crivo do contraditório e ampla defesa em juízo.”

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