Obras na Casa de Acolhida Cidadã (CAC) devem durar até março

Felipe André*

A Casa de Acolhida Cidadã (CAC), localizada na Avenida Minas Gerais, Setor Campinas, vai passar por uma reforma que pode durar até março. As obras têm a previsão de começar na próxima semana e serão realizadas após uma conversa do Ministério Público com Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) que indicou algumas melhorias em toda a casa.

De acordo com o titular da Semas, Robson Azevedo, a reforma não foi uma imposição do Ministério Público, mas sim, fruto de uma parceria. “Ela [reforma] já estava sendo conversada com o MP a respeito da Casa de Acolhida. A obra não foi imposição do MP, ele é um parceiro que tem diálogo constante, que sugere melhorias na gestão, que busca o benefício público e, sempre que possível, a gente atende essas sugestões com muita tranquilidade”.

Robson falou sobre as adequações que serão realizadas na Casa. “Vamos instalar algumas câmeras de segurança para combater vandalismo que acontece dos próprios moradores e realizar melhorias na infraestrutura, como por exemplo, nos telhados, na parte de fios, reforma nos banheiros, troca de lâmpadas, chuveiros, adequar melhor a cozinha, reforma dos quartos e pintura”.

Em relação à verba utilizada na reforma, o secretário revelou que as contas ainda não foram fechadas. “Não conseguimos comprar todas as coisas necessárias na primeira compra, na segunda compra devemos fechar, ainda há algumas definições para fazer, mas não fechei essa conta ainda, creio que deve acontecer na próxima semana”.

Além da reforma, a Casa de Acolhida Cidadã tentará melhorar a comunicação direta com os moradores. “É importante ressaltar que essa é uma casa de passagem, a pessoa vem para ficar por um tempo até que sua situação melhore, seja com um emprego, ou com sua família, mas tem regras na Casa. Temos que fazer um processo comunicativo para que eles não estraguem o que é tão difícil de fazer”, ressaltou Robson.

Segunda casa

Em breve uma nova unidade da Casa da Acolhida será inaugurada. De acordo com o secretário, a Casa 2 será localizada no setor Leste Universitário e auxiliará bastante no abrigo de pessoas em condição de rua neste momento de frio. A previsão de entrega é neste mês e vai receber mulheres solteiras, casais e crianças. A Casa está no processo de mobiliamento e finalização de detalhes finais para a inauguração.

Robson tratou de explicar como vai ficar a Casa de Acolhida em relação às vagas disponíveis, com as obras e a inauguração da segunda casa. “A Casa, que hoje temos em média de 200 pessoas, vai passar por reformas e vai permanecer apenas os homens solteiros, com isso deve abaixar a quantidade de pessoas para 120, 150, abrindo assim as vagas para mais pessoas de ruas com a chance de e abrigá-las corretamente, melhorando sua vida durante esse momento difícil”.

Goiânia também conta, além da Casa de Acolhida, com o funcionamento do Centro POP, localizado na Avenida Universitária, local que dá apoio para às pessoas em situação de rua. No entanto, é necessário que seja feito um trabalho de convencimento dessas pessoas e estímulo para que elas consigam reiniciar a vida, em um verdadeiro lar. (Felipe André é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian)