Professor da UFG agredido faz grave denúncia e diz que vai pedir expulsão de agressor
Assembleia para discutir o rumo da greve que ocorre na UFG terminou em soco e boletim de ocorrência; confira o que tem a dizer o professor agredido em entrevista exclusiva ao O Hoje
Por: Yago Sales
O professor agredido nesta quinta-feira (23), Hernani Damião, durante a assembleia da Universidade Federal de Goiás, concedeu entrevista exclusiva ao O Hoje para falar sobre a briga entre ele e um professor de psicologia, Guilherme Araújo.
O professor de física, Hernani, explica o início da confusão: “nós estávamos na discussão da proposta do governo de aceite ou não. Existem dois grupos dentro da UFG, uns que aceitam a proposta do governo, como está sendo posta, que será assinada segunda-feira, e outro grupo que não aceita.”
Segundo o professor, o grupo que aceita é o grupo ligado ao Sindicato Adufg (Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás). O grupo que não aceita é ligado ao Sindicato Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), que Hernani frisa ser um sindicato que não tem jurisdição em Goiânia.
“Esse grupo [Sindicato Andes], toda vez que há greve, eles vão lá tentar embargá-la com esse tipo de movimento. Depois que os dois grupos finalizaram as falas, eu fui um que fiz a defesa do aceite e da proposta do governo federal e estava com o microfone na mão. E o grupo [Sindicato Andes], contrário à proposta, um professor chamado Alexandre, ele é de Goiás, ele veio e tomou o microfone da minha mão”, conta o professor.
Ele tentou recuperar o microfone, e as pessoas ao redor os separaram, e até esse momento não houve agressão. De acordo com Hernani, foi nesse momento que Guilherme Araújo, professor de psicologia, se aproximou dele. Hernani afirma que Guilherme é ligado ao Andes, e continua: “ele vem me acertando no rosto, assim, eu estava indefeso. Ele fez uma agressão covarde”.
Ele conclui seu depoimento dizendo que fez um boletim de ocorrência contra ele e que também vai abrir um processo criminal, e acrescenta: “também irei pedir a expulsão dele da universidade junto ao CONSUNI [Conselho Universitário da UFG]. Aí o CONSUNI que resolva.
Entramos em contato com o professor Guilherme Araújo, mas ele optou por não conceder entrevista; ele emitirá uma nota pública.
