Fisiculturista suspeito de matar esposa induzia mulheres a tatuarem seu nome, diz delegada

O suspeito Igor Porto Galvão, de 31 anos, foi indiciado por homicídio consumado

Postado em: 24-05-2024 às 16h35
Por: Rauena Zerra
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O suspeito Igor Porto Galvão, de 31 anos, foi indiciado por homicídio consumado I Foto: Reprodução

A investigação sobre as agressões cometidas por um fisiculturista contra sua companheira, que resultou na morte da mulher após dias de hospitalização, foi concluída nesta sexta-feira (24) ao Poder Judiciário pela Polícia Civil de Goiás, por meio Deam de Aparecida de Goiânia. O suspeito Igor Porto Galvão, de 31 anos, foi indiciado por homicídio consumado. Natural de Anápolis, Igor mantinha uma união estável com a vítima há cerca de 9 anos. 

Bruna Coelho, a delegada titular da Deam Aparecida, revelou que ouviu uma mulher que teve um relacionamento extraconjugal com o suspeito. Ela disse que ele a perseguiu e a agrediu fisicamente também. “Além disso, esta mulher e a esposa da vítima tatuaram o nome do fisiculturista no corpo, a pedido dele, o que aponta o quanto o autor era persuasivo e agia de modo a dominar psicologicamente a vítima”, declarou a delegada.

O inquérito foi instruído por várias provas, testemunhas e imagens, incluindo o momento em que o agressor chega ao hospital para pedir socorro, de acordo com a PC. A mulher teria sido levada ao hospital com a alegação de ter sofrido um acidente doméstico. Ela é socorrida e retirada do veículo com muitas lesões e aparentemente desacordada, como mostra o vídeo. Os médicos descobriram que havia violência doméstica ao atendê-lo e acionaram a Deam.

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Os laudos periciais mostram que a vítima sofreu vários traumas. Após passar dez dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Marcela Luise, de 31 anos, faleceu na noite desta segunda-feira (20) em Aparecida de Goiânia. Ela sofreu escoriações pelo corpo, oito costelas quebradas e traumatismo craniano, segundo a Polícia Civil.

Igor está preso preventivamente desde o dia 17 de maio. Ele já tem passagens no Distrito Federal por violência doméstica. Em seu interrogatório, optou por permanecer em silêncio. A prisão foi mantida pelo Poder Judiciário em audiência de custódia e agora ele deve responder pelo crime de feminicídio consumado, cuja pena varia de 12 a 30 anos.

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