Goiás recebe dose de esperança com nova vacina contra COVID-19

Cerca de 86.400 mil doses da vacina monovalente XBB contra a doença, agora atualizada com a variante XBB.1.5, foram recebidas pelo Estado

Postado em: 29-05-2024 às 05h00
Por: Ronilma Pinheiro
Imagem Ilustrando a Notícia: Goiás recebe dose de esperança com nova vacina contra COVID-19
Além das crianças de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias, agora também serão contemplados pela vacina, adultos dos grupos prioritários | Foto: SES-GO

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás anunciou a chegada de novas vacinas contra a Covid-19. Cerca de 86.400 mil doses da vacina monovalente XBB contra a doença, agora atualizada com a variante XBB.1.5, foram recebidas pelo estado. Essas doses provêm do laboratório Moderna, trazendo consigo a promessa de fortalecer o arsenal de imunização contra a Covid.

A distribuição do imunizante, que teve início em 14 de maio, foi concluída no último dia 20 do mesmo mês. Desde então, as doses têm sido prontamente utilizadas pelos municípios goianos, visando alcançar o máximo de eficácia na proteção da população.

Por meio de nota, a SES enfatizou seu compromisso em seguir rigorosamente as diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Saúde (MS), garantindo que todas as orientações pertinentes sejam devidamente repassadas aos municípios do Estado. Além disso, a SES assegura que as próximas remessas enviadas pelo MS serão distribuídas assim que chegarem ao estado, mantendo um fluxo constante de abastecimento.

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Uma das características mais notáveis desta nova fase de vacinação é a ampliação dos grupos elegíveis para receber as doses. Além das crianças de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias, conforme o calendário nacional de vacinação, agora também serão contemplados adultos dos grupos prioritários. Além disso, uma decisão crucial foi tomada: pessoas com mais de cinco anos, que não fazem parte dos grupos prioritários e que ainda não foram vacinadas, terão a oportunidade de receber uma dose deste novo imunizante.

Em Goiás, 170.274.957 indivíduos estão incluídos nos grupos prioritários, refletindo o compromisso do estado em proteger aqueles que estão mais expostos aos riscos da doença. Por outro lado, a prioridade também é estendida aos pequenos: a meta é vacinar pelo menos 95% das crianças de 1 a menores de 5 anos de idade contra a poliomielite, o que equivale a 426.917 crianças, dentro de um total de 474.353 crianças no estado.

Joice Dorneles, gerente de imunização da SES, ao falar sobre as mais recentes vacinas contra a COVID-19, recentemente liberadas pelo MS para Goiás, enfatizou a importância desses novos imunizantes para atualizar a caderneta de vacinação, visando proteger os grupos prioritários contra o vírus.

Os grupos contemplados para a vacinação incluem idosos, pessoas com comorbidades, imunossuprimidos, trabalhadores de saúde e crianças menores de cinco anos, conforme o calendário infantil. Uma novidade importante é a disponibilidade da vacina para aqueles que nunca receberam nenhuma dose. Dorneles destaca que esta é uma vacina atualizada, adaptada às mutações do vírus ao longo da pandemia. Assim, é fundamental que as pessoas se dirijam às unidades de saúde para garantir sua proteção.

Em relação à cobertura vacinal, Dorneles explica que, para a vacina bivalente anterior, a cobertura estava em apenas 15%, muito aquém da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, que é de 90%. Agora, com a introdução da nova vacina, mais de 70 milhões de pessoas precisam ser vacinadas para alcançar uma proteção adequada.

A gerente destaca que é crucial que os grupos prioritários e as crianças se vacinem, além daqueles que ainda não buscaram a vacinação. Esta é uma oportunidade para todos manterem seus cartões de vacinação atualizados e contribuírem para o controle da doença no estado de Goiás.

Vacina contra a dengue

A queda no número de casos de dengue traz um alívio, mas as internações ainda persistem, destacando a necessidade contínua de vacinação. De acordo com a gerente, no cenário atual, com ênfase na imunização de crianças, o desafio é garantir a segunda dose para aqueles que receberam a primeira, além de ampliar a cobertura para outros grupos.

Desde fevereiro, a campanha de vacinação contra a dengue tem sido uma prioridade. “O intervalo recomendado entre as doses é de noventa dias, e agora é crucial garantir que todos recebam sua segunda dose para uma proteção eficaz”, destaca Joice Dornelles.

O Ministério da Saúde enviou doses para o estado de Goiás, visando a continuidade da imunização. No entanto, surgem questões sobre aqueles que receberam a primeira dose perto da data de validade e agora precisam completar o esquema vacinal. Além disso, há preocupações com as crianças que receberam a primeira dose, mas ainda não voltaram para receber o reforço necessário.

Em meio a esse cenário, a conscientização sobre a importância da vacinação é fundamental. A prevenção continua sendo a melhor estratégia contra doenças como a dengue, e a vacinação desempenha um papel crucial nesse esforço coletivo pela saúde pública.

Doenças respiratórias aumenta procura nos hospitais

O aumento no número de casos de doenças respiratórias e consequentemente a alta no número de internações, levou o Hospital Santa Helena emitir um alerta sobre a importância das medidas de prevenção e controle, bem como o diagnóstico precoce a fim de reduzir a transmissão da doença.

De acordo com a unidade de saúde, a maior incidência de doenças respiratórias se dá em decorrência desse período de outono, onde o tempo fica mais seco, além da atual epidemia de dengue vivenciada pelo Brasil, que tem colaborado com o aumento dos atendimentos e de internações nas unidades de saúde.  A situação  é observada tanto em hospitais da rede privada quanto no sistema público.

Em Goiás, foram  registrados 2.559 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) somente neste ano. Desses, 161 ocorreram por influenza e 480 por covid-19. De março até hoje, o Hospital Santa Helena observou um acréscimo de 54,5% no atendimento de doenças respiratórias.

O Hospital alerta que a vacinação continua sendo a medida preventiva mais eficaz para prevenir a infecção e os efeitos graves causados pelos vírus da influenza, como a hospitalização e o óbito.

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