Médico e farmacêuticos presos por venda ilegal de medicamentos controlados
Segundo a investigação, o caso começou a ser investigado após a morte de uma estudante de medicina em outubro de 2023
Por: Rauena Zerra
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Nesta quinta-feira (6), em Mineiros, no sudoeste do estado, uma operação da Polícia Civil prendeu um médico, dois farmacêuticos e um funcionário de uma farmácia por suspeita de venda ilegal de medicamentos controlados. Segundo a investigação, o caso começou a ser investigado após a morte de uma estudante de medicina em outubro de 2023. A causa da morte foi inicialmente sugerida como suicídio, mas o laudo cadavérico revelou uma overdose de medicamentos.
Conforme o delegado encarregado do caso, Thiago Martinho, mensagens foram descobertas no celular da estudante pedindo medicamentos para um funcionário de farmácia, afirmando estar com dificuldades para dormir, mas com planos para o dia seguinte.
A investigação revelou que o médico preso falsificava suas assinaturas nas receitas dos remédios vendidos de maneira ilegal, o que facilitava a comercialização para os clientes, incluindo a estudante, que não possuía receita médica para o uso dos mesmos.
“Nas mensagens do celular dela, a estudante falava que não conseguia dormir e pedia para mandar um medicamento ainda mais forte para ela. Ela tinha planos para o outro dia. Ela não tinha a intenção de se matar, ela misturou muitos medicamentos perigosos e acabou ocasionando a morte”, afirmou o delegado.
Os farmacêuticos presos recebiam essas receitas diretamente do médico e conseguiam liberar medicamentos controlados para venda. A pesquisa descobriu que os funcionários da farmácia também eram responsáveis por fornecer remédios aos clientes.
Como as receitas estavam devidamente assinadas e carimbadas por um médico, o órgão responsável por verificar as farmácias considerou legal as vendas. Além disso, o delegado declarou que medicamentos como Morfina, Ozempic e Rivotril estavam sendo vendidos ilegalmente.
Ao ser interrogado após a prisão, Thiago disse que o funcionário confessou o crime e explicou como o médico participou do esquema criminoso. Os suspeitos foram presos por associação criminosa.