Maior represa de Senador Canedo é inaugurada para enfrentar crise hídrica

Inauguração da Haras 2 simboliza um avanço significativo na garantia de água potável para a população, num momento de crise hídrica

Postado em: 08-06-2024 às 06h00
Por: Ronilma Pinheiro
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Localizada estrategicamente na zona rural, a Haras 2 ostenta uma capacidade impressionante de armazenamento, totalizando 458 milhões de litros de água bruta | Foto: Divulgação/Secom Senador Canedo

Nesta sexta-feira (7), os cidadãos de Senador Canedo testemunharam um marco histórico na gestão hídrica da cidade, com a inauguração da maior represa já construída no município, a Haras 2. Sob os trabalhos da Agência de Saneamento de Senador Canedo (Sanesc), esse empreendimento simboliza um avanço significativo na garantia de água potável para a população, num momento em que a crise hídrica assola não apenas a região, mas todo o país.

Quem acompanha a história do município que mais cresce no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sabe que há uma complexidade do problema de água em Senador Canedo. Trata-se de uma crise hídrica que é um desafio antigo.

Localizada estrategicamente na zona rural, a Haras 2 ostenta uma capacidade impressionante de armazenamento, totalizando 458 milhões de litros de água bruta. Esse número representa um aumento notável de 80% em relação à capacidade da antecessora, a Haras 1, que detinha um volume de 324 milhões de litros. A magnitude dessa obra demonstra  a seriedade com que a administração municipal encara a questão do abastecimento de água e sua determinação em resolver uma crise que perdura por décadas.

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Desde o final do ano passado, a Haras 2 já está em operação, captando água para suprir as demandas da cidade durante os períodos de estiagem. Essa reserva estratégica é vital para assegurar o fornecimento contínuo de água para a população, especialmente em tempos de escassez. Além disso, ela representa um passo firme em direção à sustentabilidade hídrica e ao desenvolvimento resiliente da cidade diante das mudanças climáticas.

Para o prefeito Fernando Pellozo (UB), a inauguração da Haras 2 não é apenas a entrega de uma infraestrutura vital, mas simboliza “um compromisso profundo com o bem-estar dos cidadãos de Senador Canedo”. Ele destaca que essa obra é apenas uma das muitas ações empreendidas pela atual gestão para enfrentar a crise hídrica e promover o desenvolvimento sustentável da cidade.

Adicionalmente à Haras 2, a Prefeitura continua investindo em infraestrutura de abastecimento de água, com a entrega prevista de mais dois reservatórios de água tratada nos bairros São Francisco e Vila Galvão na próxima semana. 

De acordo com a Sanesc, esses esforços refletem o compromisso da administração em garantir não apenas o acesso à água potável, mas também em fortalecer a infraestrutura de saneamento básico da cidade. 

O prefeito destaca os avanços conquistados durante sua gestão, que incluem não apenas a ampliação da capacidade de reservação de água bruta, mas também a modernização e ampliação das Estações de Tratamento de Água (ETAs).

Segundo o gestor, em apenas três anos de gestão, a Sanesc viu um aumento significativo na capacidade de reservação de água bruta, que saltou de 456 mil litros em 2021 para impressionantes 1 bilhão e 100 milhões de litros. Além disso, a capacidade de produção de água foi ampliada em 160%, graças à modernização das ETAs.

“Esses investimentos, aliados a obras já concluídas e projetos em andamento, representam um compromisso financeiro substancial por parte da Sanesc, que planeja investir cerca de 150 milhões de reais no sistema de água e esgoto de Senador Canedo até o final de 2024”, compartilha.

Como divulgado anteriormente pelo jornal O Hoje, desde 2020 e 2021, mais de 40 milhões de reais foram investidos por meio de contribuições da iniciativa privada. Trata-se de uma solução mais abrangente do Ministério Público de Goiás (MP-GO), que em conjunto com peritos em perícia ambiental e engenheiros da companhia de saneamento local, identificaram a necessidade. Uma das medidas adotadas foi a revisão dos Atestados de Viabilidade Técnico Operacional (AVTOs), documentos que permitem o estabelecimento de novos loteamentos na região.

Assim, ficou estabelecido que novos empreendimentos deveriam contribuir financeiramente para resolver tanto os problemas existentes quanto os novos que surgissem em relação ao abastecimento de água. Essa contribuição foi definida em 1.200 reais por unidade de loteamento.

Esses termos permitem que os empreendimentos convertam o valor das áreas institucionais em contrapartidas para investimentos em água, fortalecendo ainda mais as medidas para enfrentar a crise hídrica.

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