Moradores da Região Noroeste de Goiânia denunciam problemas

Abandono do Núcleo de Assistência Social, falta de especialistas médicos em Cais e falta de uniformes nas escolas estão entre os fatores apontados

Postado em: 12-06-2024 às 04h00
Por: Thais Cristina Teixeira
Imagem Ilustrando a Notícia: Moradores da Região Noroeste de Goiânia denunciam problemas
Moradores relatam que o NAS Finsocial está completamente abandonado pela Prefeitura de Goiânia | Foto: Reprodução

A região noroeste de Goiânia está sofrendo com diversos problemas envolvendo as áreas da saúde, educação, e esporte. O morador do Bairro Finsocial, Ailton, explicou que na região noroeste de Goiânia, existem dezenas de problemas em todos os bairros. A pauta do lixo e entulhos espalhado pelas ruas já virou uma pauta clichê, e que apesar da prefeitura ter contratado uma empresa para cuidar da demanda ela não foi resolvida.

“Como você sabe lixos e entulhos espalhados por toda Goiânia região noroeste, não é diferente, mas essa pauta está muito Clichê, contratou-se o tal consórcio Limpa Gyn que não resolveu nada”, destacou Ailton.

O morador e líder da região ainda explicitaram que em decorrência do clichê relacionado a lixo, uma cortina de fumaça é criada, escondendo os problemas presentes na educação, cultura, esporte, saúde e na área social. O habitante afirmou que a região deveria estar oferecendo palestras, cursos e prestando serviços sociais para a população.

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Outro ponto destacado pelo residente da região noroeste é a falta de atenção que a prefeitura tem com o CRAS e o NAS do Finsocial. Ele afirmou que principalmente o Núcleo de Assistência Social (NAS) está totalmente abandonado, ele declarou que que não tem cerca na frente a na parte de trás, e que o local virou espaço para o funcionamento de uma boca de fumo e que a situação está insalubre tanto para os trabalhadores quanto para quem os usuários que vão ao local realizar serviços como CADúnico e ID jovem por exemplo.

“Nós temos o nas o nas está totalmente abandonado não tem cerca nos fundos não tem cerca na frente, lá funciona uma boca de fumo e está atendendo do jeito que esta, insalubre para os trabalhadores. Ta deplorável a situação do Nas no bairro Finsocial, vergonhoso”, argumentou o fotógrafo.

“Onde poderiam ser oferecidos vários serviços é um espaço totalmente jogado as traças. Não funcionam mais a brinquedoteca, criminosos entraram lá arrombaram portas e janelas roubaram brinquedos panelas bujão de botijão de gás. Enfim um caos total”.

Em nota, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (SEDHS), informou ao jornal O HOJE que uma nova unidade para o Núcleo de Assistência Social está sendo adquirida. “O processo de locação de um novo espaço para o CRAS está em andamento. Em breve a nova unidade estará apta a receber os usuários oferecendo mais conforto, segurança e melhor estrutura para as famílias atendidas”.

Outra reclamação apontada pelos moradores da região noroeste é sobre a falta de UTI nas unidades de saúde, remédios como dipirona e tylenol, insumos como esparadrapos e faixas. A escassez de especialistas também foi apontada, os residentes do local relataram que a unidade já chegou a ter até nove tipos de médicos e que hoje só existe clínico geral e obstetra, faltando psicólogo, dentista, pediatra,  otorrino e dermatologista.

A demora para consulta, realização de exames e entrega dos resultados também foi pautada pelos frequentadores do sistema de saúde do local. Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirmou que a falta de medicamentos e material para curativos e primeiros socorros nas unidades não existe e que a única especialidade médica que está em falta é a dermatologia.

Confira a nota na íntegra

A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que não há falta dos medicamentos citados pela reportagem, podendo ser verificados in loco, e nem há falta de material para curativos ou primeiros socorros. A Unidade de saúde conta com as especialidades de ginecologia, obstetrícia, psicologia e fonoaudiologia. A única especialidade que está em aberto é a dermatologia, por a médica pediu exoneração do município recentemente.

O Cais conta com dois leitos de reanimação na sala vermelha, que são leitos semelhantes à UTI. O paciente fica nestes leitos até serem estabilizados e sair a vaga para uma unidade hospitalar onde o paciente será tratado conforme sua necessidade. Unidade de urgência e não é para internação, mas a porta de entrada para os hospitais.  Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

A educação também recebeu críticas, entre os fatores apontados estão a falta de uniformes para as escolas municipais e a falta de funcionários administrativos nas escolas. Os moradores da região noroeste também reclamaram da dificuldade para conseguir vagas em Cmeis.

Em relação a infraestrutura para a prática esportiva dos moradores Ailton, contou que existe um campo de futebol, porém ele não é bem cuidado, na maioria das vezes o mato no local é alto e que a iluminação também falta no campo. Outro fator relatado é que no campo existe apenas um vestiário masculino, e que como a manutenção de campo não é feita em épocas de chuva junta mato alto e água.

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