Estudo aponta que valorização de imóveis em Goiânia e Aparecida seguirá em alta

As vendas do primeiro trimestre de 2024 tiveram crescimento de 15,8% em relação ao mesmo período do ano passado

Postado em: 12-06-2024 às 06h00
Por: Ronilma Pinheiro
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O volume de vendas de imóveis no primeiro trimestre de 2024 foi de R$ 1,3 bilhões, sendo 15,8% maior do que no primeiro trimestre do ano passado | Foto: Reprodução

Uma pesquisa divulgada recentemente pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), mostra que a venda de imóveis em Goiânia e Aparecida de Goiânia aumentou no primeiro trimestre de 2024 e os imóveis tiveram valorização em relação ao ano de 2023. O estudo divulgado pela Ademi-GO, foi feito pelo instituto de pesquisa Brain Inteligência Estratégica, especialista em pesquisas para o mercado imobiliário nacional. 

Os dados apontam que o volume de vendas de imóveis no primeiro trimestre de 2024 foi de R$ 1,3 bilhões, sendo 15,8% maior do que no primeiro trimestre do ano passado. A pesquisa demonstra ainda que os empreendimentos da capital valorizaram 23% em 2022 e 18% em 2023 e no primeiro trimestre a valorização foi de 5%, quando comparado ao preço médio de 2023.

Em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira, 11, o presidente do conselho da Ademi-GO, Fernando Razuk, destacou o crescente interesse por imóveis nos bairros mais nobres da cidade, como Oeste, Marista, Bueno e Jardim Goiás. A demanda por essas áreas é impulsionada pela excelente infraestrutura de serviços, comércio, educação e entretenimento que elas oferecem, tornando-as altamente desejáveis para os compradores.

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De acordo com Razuk, a procura por imóveis nessas localidades tem superado a oferta, levando a uma diminuição na disponibilidade de propriedades. Ele ressaltou que, no primeiro trimestre deste ano, as vendas superaram os lançamentos, indicando um mercado aquecido e saudável.

Além disso, o presidente abordou a relação entre a taxa de juros e o mercado imobiliário. Ele explicou que a redução das taxas de juros para financiamentos imobiliários tende a aumentar a demanda, tornando mais pessoas capazes de adquirir imóveis. Embora tenha observado que a queda dos juros pode ser mais gradual do que inicialmente previsto, Razuk permanece otimista quanto ao futuro do mercado, prevendo um cenário aquecido nos próximos meses.

Razuk mencionou ainda o papel do programa Minha Casa Minha Vida na promoção da acessibilidade à moradia para uma parcela maior da população. “Essas políticas habitacionais do governo podem ter um impacto significativo no mercado imobiliário local, aumentando ainda mais a demanda por imóveis em Goiânia”, comenta.

“Isso nos deixa otimistas em relação à venda de imóveis em 2024, uma vez que o ano de 2023 foi marcante para o mercado goiano, pois nos elevou ao status de terceiro maior mercado imobiliário do país, com volume total de mais de R$ 6 bilhões em vendas.”, comemora o presidente.

De acordo com a  Ademi-GO, no primeiro trimestre de 2024 foram lançadas 1.124 unidades imobiliárias, totalizando um volume de R$ 1,1 bilhão em imóveis. E foram vendidas 1.923 unidades, totalizando R$ 1,3 bilhões. Assim, percebe-se que as vendas superaram o volume lançado, reduzindo o total de imóveis disponíveis para venda.

Ainda segundo a associação, a oferta existente no final de 2023 era de 11.564 unidades, número que caiu para 10.765 ao final do primeiro trimestre de 2024. Credson Batista, diretor de pesquisas e estatísticas da Ademi-GO, explica que já são 4 trimestres consecutivos com queda na oferta de apartamentos. “Isso demonstra que o mercado permanece aquecido e saudável, uma vez que está vendendo mais do que está sendo lançado”, afirma.

Lei de Habitação de Interesse Social (HIS)

Fernando Razuk ressalta a importância da lei voltada para a Habitação de Interesse Social (HIS), destacando que, em 2022, as vendas do programa Minha Casa Minha Vida representaram menos de 10% do total, evidenciando uma demanda latente por moradia acessível.

A lei em questão, surge como um marco para a capital goiana, que até então não contava com regulamentação específica nesse âmbito. Razuk enfatiza que esta medida pode ser crucial para atender às necessidades da parcela da população que enfrenta dificuldades para adquirir moradias adequadas.

A expectativa é que a aprovação e subsequente implementação dessa legislação abram novas oportunidades para a aquisição de moradias por parte de famílias de baixa renda. Com melhorias nos parâmetros urbanísticos e apoio governamental, a lei promete facilitar a viabilização de empreendimentos direcionados a essa camada da população.

A lei, já aprovada na Câmara Municipal, aguarda agora a sanção do prefeito. Para Razuk e outros envolvidos no setor, essa medida representa não apenas um avanço legislativo, mas também uma esperança tangível de que a questão habitacional em Goiânia possa ser mitigada de forma significativa.

Tendência de alta valorização dos imóveis

Após treze trimestres consecutivos de valorização no preço dos imóveis, a Ademi-GO tem boas perspectivas para a continuidade da valorização intensa dos imóveis nos próximos anos. Nos três primeiros meses do ano, a previsão de valorização dos imóveis indica um crescimento de 5%, comparado com o preço médio do ano passado. 

Dados da Associação mostram que os imóveis tiveram valorização acumulada de aproximadamente 20% ao ano nos últimos anos. Razuk destaca que com essa valorização expressiva, quem investiu em imóveis ficou muito satisfeito com o resultado.“Quem pensou em aproveitar o momento de alta da Selic nos últimos anos e tomou a decisão de deixar o dinheiro aplicado, perdeu dinheiro. Se tivesse investido em imóveis, teria ganhado mais”, comenta o presidente.

Ele explica que isso acontece porque enquanto a Selic chegou em uma alta máxima de 13,75% ao ano, os imóveis em Goiânia valorizaram em torno de 20% ao ano no mesmo período. “O investimento em imóveis acaba sendo uma boa alternativa em todos os momentos, pois protege o patrimônio nos momentos de crise e garante valorização de forma intensa em anos de mercado pujante”, complementa.

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