Equatorial registra 42 ocorrências de unidades degradadas por queimadas

De 2024 a 2023, houve um aumento de 133% de interrupções incêndios

Postado em: 13-06-2024 às 04h00
Por: João Victor Reynol de Andrade
Imagem Ilustrando a Notícia: Equatorial registra 42 ocorrências de unidades degradadas por queimadas
Mais de 40 municípios ficaram sem energia por interrupções causadas por queimadas | Foto: Divulgação/Equatorial Goiás

Ainda na primeira metade de 2024, os números de queimadas quebraram recordes pela intensificação das mudanças climáticas. Como foi divulgado pelo jornal O HOJE em maio de 2024, o número de focos nos primeiros quatro meses do ano dobraram de acordo com dados da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). Entre janeiro e maio de 2024 foram 683 focos registrados no Estado, durante o mesmo período de 2023 foram apenas 338 registros, um aumento de 102%.

O grande efeito ambiental destes incêndios relatado para a equipe na época foi com a piora na qualidade do ar e das águas dos rios e lagos goianos. Outro efeito relatado foi a diminuição das matas ciliares que podem causar um maior acúmulo de sedimentos nas bacias hidrográficas. Como disse André Amorim, gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), a intensificação do efeito El Nino causou chuvas irregulares no estado que aumentaram as chances de queimadas pelo Estado.

Contudo, existe um outro efeito que ainda pode aumentar ainda mais as chamas e é a degradação das unidades elétricas. De acordo com dados da Equatorial Goiás, nos primeiros cinco meses de 2024 houveram 42 ocorrências de queimadas que interferiram na distribuição da energia em Goiás. Durante o mesmo período de 2023, houveram apenas 18 registros desse tipo, um aumento de 133% deste quantitativo e que acompanha este aumento das queimadas.   

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De acordo com o gerente do Centro de Operação Integrado da Equatorial Goiás, Vinicyus Lima, grande parte destas ocorrências acarretam algum dano à infraestrutura da rede elétrica goiana. Entre os principais danos estão o rompimentos de cabos, desligamento das redes, a degradação dos próprios postes.

Ainda segundo ele, grande partes destas ocorrências acontecem no meio rural onde o ainda tem o uso da queimada como forma de limpeza para a pastagem. As cidades com o maior número de casos são Senador Canedo, Santo Antônio do Descoberto e Quirinópolis. No total, 40 cidades goianas tiveram problemas na distribuição da rede elétrica por queimadas até o momento.  

Como exemplo, comentou de um caso ocorrido em maio de 2024 em Iporá que um lixão clandestino entrou em combustão e danificou a rede elétrica da Linha de Distribuição de Alta Tensão. Somente este caso acarretou a interrupção da rede elétrica de cinco municípios, entre eles:  Jaupaci, Fazenda Nova, Piloândia e Moiporá. Este incêndio deixou mais de nove mil clientes da concessionária sem o uso de energia por duas horas até que os reparos fossem feitos e a distribuição fosse regularizada.

Além da interrupção da distribuição do serviço elétrico, as fiações elétricas rompidas podem ser um risco de vida se estiverem energizadas. Além disso, podem ser responsáveis por curtos circuitos nas casas e serviços.  

Ainda sobre isso, comenta que o descarte irregular também é um dos causadores de combustões e focos no estado, em que estas podem evoluir para incêndios florestais que afetam a infraestrutura elétrica. Um item comumente descartado de forma irregular no Estado são as garrafas de vidros e bitucas de cigarro que podem ser catalisadores de focos. sobre as garrafas conta como elas convergem os raios solares em um ponto específico que pode ser inflamável como as folhas secas. Assim como uma lupa, os raios convergidos podem esquentar o material e causar um incêndio local que pode evoluir para um incêndio florestal.

Em casos onde há um incêndio, a Equatorial mantém uma linha direta com o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO), a Defesa Civil, e uma brigada própria para responder às chamas. Mesmo assim, indivíduos podem se comunicar tanto quanto a Equatorial pelo 0800-0620196 como a CBMGO pelo 193 para relatar os casos e pedir socorro.

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