Suinocultura goiana tem aumento e abate chega a 1,9 milhão de cabeças 

No mercado externo, singapura é um dos principais compradores de suínos

Postado em: 14-06-2024 às 03h00
Por: Thais Cristina Teixeira
Imagem Ilustrando a Notícia: Suinocultura goiana tem aumento e abate chega a 1,9 milhão de cabeças 
Dentre os principais fatores para aumento da produtividade estão os avanços na tecnologia (Foto: divulgação)

A suinocultura é um dos ramos da agricultura que está crescendo exponencialmente em Goiás, de acordo com o Agro em Dados, publicado mensalmente pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa),o estado de Goiás é o sétimo maior produtor de suínos do país, com um rebanho de 1,5 milhão de cabeças em 2022. 

Em Goiás, a suinocultura representa aproximadamente 8,5% de todas as carnes produzidas, alcançando 187,6 mil toneladas em 2023. Em nível nacional, Goiás aparece com a participação aproximada de 1,2 % do PIB, segundo estimativa da Seapa.O valor bruto da produção de suínos em Goiás chega a aproximadamente a 1,2 bilhão de reais.

No mês de maio, entre os dias 2 e 20, a Seapa, divulgou que o valor médio do Quilograma (Kg) ficou na casa de R$ 6,73, um aumento de 1,7% em relação ao mesmo período de 2023.

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A suinocultura é fomentada no Estado de Goiás desde 1990 por meio do crédito rural que instalou unidades agroindustriais de processamento de carne suína na região sudoeste de Goiás, esse fato ajudou a aumentar o volume da produção de carne suína no estado.Segundo o levantamento da SEAPA, um dos responsáveis pela atual crescente na suinocultura é o uso de tecnologias na criação dos animais.

O analista técnico do  Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás(IFAG), Marcelo Penha explicou algumas das tecnologias usadas em Goiás. O especialista destacou que desde sistemas automatizados de alimentação e controle ambiental até o uso de softwares para gestão de rebanhos, têm transformando a suinocultura. Ele explicou também que essas ações melhoram a eficiência do rebanho a um custo menor. 

Melhoramento Genético: Utilização de biotecnologia e técnicas avançadas de reprodução para melhorar a genética dos suínos, resultando em animais mais saudáveis e produtivos.

Nutrição e Alimentação: Desenvolvimento de rações mais eficientes e balanceadas, que melhoram a saúde dos suínos e reduzem o custo da alimentação. A inclusão de aditivos naturais e prebióticos também tem sido uma tendência.

Tecnologia de Informação: Implementação de sistemas de monitoramento e gestão automatizados, que utilizam sensores e software para monitorar a saúde, o crescimento e o bem-estar dos animais em tempo real.

Bem-estar Animal: Adaptação das instalações para proporcionar melhores condições de vida aos suínos, incluindo espaço adequado, ventilação e enriquecimento ambiental. Práticas de manejo que reduzem o estresse e promovem a saúde dos animais também são enfatizadas.

Sustentabilidade Ambiental: Investimentos em tecnologias que reduzem o impacto ambiental da suinocultura, como sistemas de tratamento de dejetos, biodigestores para produção de biogás, técnicas de manejo sustentável do solo e uso de energia renovável (Biogás e Energia Fotovoltaica).

Sanidade e Biossegurança: Adoção de protocolos rigorosos de biossegurança para prevenir doenças e proteger a saúde dos rebanhos. Vacinas e tratamentos mais eficazes também têm sido desenvolvidos.

Integração com Agricultura: Uso de dejetos suínos como fertilizantes naturais na agricultura, promovendo um ciclo sustentável entre a suinocultura e a produção agrícola.

Certificações e Rastreabilidade: Implementação de sistemas de rastreabilidade para garantir a qualidade e a segurança dos produtos suínos, além de certificações que atestam práticas de produção sustentáveis e éticas.

Em Goiás, que foi o sétimo maior produtor de suínos em 2022,o relatório aponta que  o município com a maior concentração de produção de suínos foi Rio Verde, seguido por Jataí em segundo lugar e Aparecida do Rio Doce em terceiro.Quanto ao abate, em 2023, Goiás abateu 1,9 milhões de cabeças suínas, alcançando o patamar de oitavo lugar no ranking de abatimento no Brasil. 

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