Rombo milionário pode levar ao fechamento do Materno-Infantil

Na última semana, a organização social que administra o Materno-Infantil chegou a fechar as portas da unidade por falta de insumos básicos e medicamentos

Postado em: 02-01-2019 às 08h40
Por: Redação
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Na última semana, a organização social que administra o Materno-Infantil chegou a fechar as portas da unidade por falta de insumos básicos e medicamentos

Ao lado do vice-governador Lincoln Tejota, do secretário de Saúde, Ismael Alexandrino, e do deputado federal eleito Dr. Zacharias Calil, Ronaldo Caiado conferiu a situação do Hospital Materno-Infantil (Foto: Divulgação)

Da Redação

Já no primeiro dia de mandato, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), visitou os hospitais Materno-Infantil (HMI) e de Urgências de Goiânia (Hugo). Em caráter de urgência, a visita ocorreu por volta das 22 horas desta terça-feira (1º/01), após assumir o cargo e prestigiar a posse do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

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Na última semana, a organização social que administra o Materno-Infantil chegou a fechar as portas da unidade por falta de insumos básicos e medicamentos, após consecutivos atrasos nos repasses por parte da última gestão.

“A situação é preocupante. Viemos porque o colega Zacharias Calil me informou que o diretor do Materno-Infantil o comunicou que não havia mais como suportar o hospital aberto a partir de amanhã [hoje] pela falta do básico. O único de referência na área em Goiás, já com incapacidade de absorver novos pacientes, cirurgias canceladas e filas enormes. É um quadro caótico, assistimos vidas de crianças que estão correndo alto risco”, revelou.

Caiado foi recebido pelo diretor-geral do HMI, Márcio Gramosa, e por profissionais que trabalhavam no local. O responsável pela unidade classificou a situação como “caótica”, destacando que há médicos com mais de três meses de salário atrasado, dívida imediata de R$ 2 milhões com fornecedores de insumos e o rombo ultrapassa os R$ 65 milhões.

“Dezenas de crianças que dependem de tratamento especial estão sendo colocadas em risco. O momento é de buscar entendimento e de pedir um crédito junto aos colegas e mostrar que temos interesse em resolver, mas não é aceitável fechar as portas. Sei das dificuldades, vamos encará-las e temos que achar uma solução. Não posso admitir que um hospital como esse tenha uma resposta simplista. Isso aqui é prioridade acima de qualquer gasto”, garantiu o governador.

Caiado assina contrato emergencial com uma Organização Social para administrar o Hugo (Foto: Divulgação)

Hugo

Em seguida, a comitiva seguiu para o Hospital de Urgências de Goiânia, que assinou um contrato emergencial com uma organização social, após a que administrava a unidade decidir romper o contrato por falta de repasses e descumprimento de acordos. 

Caiado foi recebido pelo diretor-geral do Hugo, Ricardo Furtado Mendonça, que traçou um breve panorama sobre as demandas e desafios enfrentados pela unidade. Ele revelou ainda que o recurso para pagamento do salário referente ao mês de dezembro dos profissionais do hospital ainda não foi depositado na conta da OS. 

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