Inverno terá dias com temperaturas mais elevadas que o normal

Apesar da predominância de períodos com temperaturas mais altas, o fenômeno La Niña propicia a chegada de massas de ar frio

Postado em: 17-06-2024 às 08h22
Por: Yasmin Farias
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Apesar da predominância de períodos com temperaturas mais altas, o fenômeno La Niña propicia a chegada de massas de ar frio. | Foto: iStock

Com previsão para começar na próxima sexta-feira (21), o inverno deve amenizar o clima que tem se mantido acima da média. Há uma tendência para dias com temperaturas mais elevadas que o normal, mas ainda assim períodos de frio ao longo da estação. Segundo a Climatempo, a massa de ar seco instalada sobre o Brasil deve se estender até o os últimos dias do outono.

“A previsão é que, por volta do dia 23, no primeiro fim de semana da próxima estação, as temperaturas fiquem mais baixas”, comenta Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo. Apesar da expectativa, os meteorologistas dizem não ser esperados dias de extremo frio ou calor, mas sim um equilíbrio entre os dois.

Vinicius Lucyrio, meteorologista da Climatempo, explica que, de maneira geral, o inverno de 2024 terá temperaturas acima da média. O destaque fica para o final da estação, entre agosto e a primeira quinzena de setembro, período que pode registrar inclusive novas ondas de calor. Destaca-se também que, apesar de serem esperados dias até mais gelados que no ano passado, os períodos com temperaturas mais altas do que o normal vão predominar e ser mais longos.

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Com o fim no El Niño, fenômeno que aquece as águas do Oceano Pacífico Equatorial, e a passagem pela fase neutra, há expectativa da instalação do La Niña no segundo semestre deste ano. O La Niña ocorre quando há o resfriamento da faixa Equatorial Central e Centro-Leste do Oceano Pacífico. Ele é estabelecido quando há uma diminuição igual ou maior a 0,5°C nas águas do oceano. O fenômeno acontece a cada 3 ou 5 anos.

Para o Brasil, os efeitos clássicos do La Niña são: aumento de chuvas no Norte e no Nordeste; tempo seco no Centro-Sul, com chuvas mais irregulares; tendência de tempo mais seco no Sul. Além desses efeitos, o La Niña propicia a chegada de mais massas de ar frio ao centro-sul do continente americano, afetando países como Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai e áreas do centro-sul do Brasil.

Com isso, Lucyrio explica que o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e parte do Paraná devem receber uma maior quantidade de massas de ar frio no início do inverno. Apesar disso, poucas dessas massas vão conseguir avançar para o interior do Brasil, incluindo as regiões Sudeste, Centro-Oeste e até mesmo partes do Norte.

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