Polícia desarticula quadrilha goiana suspeita de desviar Pix para RS  

Um dos suspeitos, considerado um dos principais responsáveis pelos estelionatos, teria movimentado mais de 36 milhões

Postado em: 19-06-2024 às 14h19
Por: Rauena Zerra
Imagem Ilustrando a Notícia: Polícia desarticula quadrilha goiana suspeita de desviar Pix para RS  
Em Goiás e São Paulo, ordens judiciais foram cumpridas para combater fraudes, golpes e crimes contra serviços públicos durante calamidades I Foto: Divulgação/PCRS

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, através da Força-Tarefa Cyber do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), deflagrou nesta quarta-feira (19) a segunda fase da Operação Dilúvio Moral. Em Goiás e São Paulo, ordens judiciais foram cumpridas para combater fraudes, golpes e crimes contra serviços públicos durante calamidades. Dois suspeitos foram presos em Goiânia e Luziânia, municípios goianos. 

Dois suspeitos foram presos em Luziânia e Goiânia, e um menor, alvo da primeira fase da operação, é apontado como criador de um site falso para desviar doações. Segundo a investigação, um dos envolvidos movimentou mais de R$ 36 milhões em transações atípicas recentes.

Em Luziânia, uma mulher, também foi presa, apontada como sócia de uma empresa de pagamentos e mãe de um menor de idade envolvido na criação de um site falso para desviar doações. O adolescente de 16 anos foi alvo na primeira fase da operação.

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A quadrilha utilizava um site falso para captar doações direcionadas às vítimas das enchentes. O dinheiro das doações era desviado para contas bancárias dos envolvidos.

A operação, contou com o apoio da Polícia Civil de Goiás e do Estado de São Paulo, resultou na execução de dois mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão nas residências dos alvos e em outros locais relacionados à investigação. 

Atuação da Força-Tarefa

O objetivo da operação, segundo o grupo de delegados e agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), é combater práticas criminosas virtuais que se utilizam da atual situação do Estado para obter vantagens.

Mais de 60 casos já foram analisados pelo grupo, e mais de 30 inquéritos policiais foram instaurados e investigações continuam para responsabilizar os indivíduos identificados.

Até o momento, sete pessoas foram presas preventivamente e mais de 50 medidas cautelares foram deferidas pelo Poder Judiciário após pareceres favoráveis do Ministério Público. Esses órgãos têm atendido rapidamente às demandas da Polícia Civil devido ao estado de calamidade.

Ao tomar essas medidas, a Polícia Civil, por meio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), afirmou que está comprometida a conduzir investigações criminais competentes, especialmente as que buscam aproveitar a maior tragédia da história do povo gaúcho de qualquer maneira, visando garantir a máxima responsabilização criminal de todos os envolvidos.

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