Meteorologia aponta desafios climáticos para o inverno goiano

O inverno terá início oficialmente na sexta-feira (21) às 17h51, e se estenderá até o dia 22 de setembro

Postado em: 20-06-2024 às 04h00
Por: Ronilma Pinheiro
Imagem Ilustrando a Notícia: Meteorologia aponta desafios climáticos para o inverno goiano
O inverno terá início oficialmente na sexta-feira (21) às 17h51, e se estenderá até o dia 22 de setembro | Foto: Leandro Braz/O HOJE

Com a chegada iminente do inverno, Goiás se prepara para enfrentar um período caracterizado por condições climáticas peculiares. André Amorim, gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), esclarece que, apesar do nome sugestivo, as características climáticas do inverno na região central do Brasil são distintas das esperadas para a estação em outras partes do país.

“No Sul do Brasil, o inverno evoca imagens de temperaturas extremamente baixas e até mesmo neve, uma realidade bem característica da estação. No entanto, aqui em Goiás e no Brasil central, nossas experiências são bastante diferentes”, explica Amorim.

O inverno terá início oficialmente na sexta-feira (21) às 17h51, e se estenderá até o dia 22 de setembro. Durante esse período, o estado enfrenta um desafio significativo devido à estiagem, que começou no final de abril e deve perdurar até meados de outubro. Embora possa ocorrer alguma chuva esporádica, a probabilidade é baixa, não sendo suficiente para aliviar os efeitos da seca.

Continua após a publicidade

“As manhãs são marcadas por temperaturas mais baixas, enquanto as tardes tendem a ser mais quentes. Um aspecto preocupante é a umidade relativa do ar, que frequentemente atinge níveis críticos. Atualmente estamos alerta com valores entre 21% e 30%, e em algumas partes de Goiás, como na capital, a umidade já está em alarmantes 25%”, destaca Amorim.

A baixa umidade representa um risco para a saúde humana, pois o nível ideal deveria estar entre 50% e 60%. Além disso, o período de inverno traz consigo a iminência do fenômeno La Niña, que deverá se consolidar entre julho e setembro, prometendo trazer chuvas mais regulares ao Brasil central.

“No ano passado, enfrentamos o fenômeno El Niño, que trouxe chuvas irregulares para Goiás enquanto o sul do país sofria com excesso de precipitações. Este ano, esperamos uma inversão desses padrões climáticos”, explica Amorim.

Finalizando seu boletim climático, Amorim reforça a importância do uso racional da água e a conscientização sobre incêndios florestais, que são proibidos tanto em áreas urbanas quanto rurais devido aos seus impactos na qualidade do ar e na saúde pública.

“É crucial que a população se hidrate adequadamente, se proteja do sol e esteja consciente dos cuidados necessários para preservar nossos recursos naturais durante este período desafiador”, conclui Amorim.

Veja Também