Esposa de João de Deus também é indiciada

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Postado em: 11-01-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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A esposa do médium João de Deus, Ana Keyla Teixeira, de 40 anos, também foi indiciada pela Polícia Civil de Goiás. De acordo com a delegada Karla Fernandes, responsável pelas apurações na Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), a mulher do religioso  foi indiciada porque não soube justificar sua relação com uma das seis armas encontradas em Abadiânia e Anápolis.

A delegada explica o motivo da acusação. “Não há como uma pessoa morar na casa e não saber que lá tem arma, sendo que uma delas foi encontrada dentro de uma gaveta com roupas íntimas dela. Se tivesse, em depoimento, reconhecido o armamento e dito que eram todas dele, apenas o médium seria indiciado”, afirma.

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Na manhã da última quinta feira (10), a delegada Karla afirmou que tanto a esposa quanto o médium foram indiciados. Segundo ela, são dois por porte ilegal de arma de fogo, um deles contra a mulher do médium; um por violação sexual mediante fraude praticada em 2016, três por estupros e um por abuso sexual. 

Em depoimento, João alegou estar fazendo “bem para a comunidade”. O médium afirmou que pegou uma das armas com uma pessoa que estava para cometer suicídio, outra com uma mulher que ameaçava matar o marido e a amante, uma terceira ele teria trocado por pedras preciosas no garimpo, e mais uma pegou como pagamento de um empréstimo a um garimpeiro. João disse não se lembrar da origem das outras duas.

Investigações

De acordo com as investigações, indícios de lavagem de dinheiro e estelionato ainda estão sendo apurados. Para a delegada, os materiais encontrados na casa do médium como as pedras preciosas estarão à disposição da perícia. “Temos que aguardar o estudo pericial das pedras, pela Polícia Federal (PF), e do patrimônio dele. Em relação às joias, a Caixa Econômica já fez uma avaliação, cujos resultados ainda serão mantidos em sigilo”, afirmou a delegada.

João afirma comercializar as pedras de forma legal, mas de acordo com a delegada ainda não foi comprovado. “Até o momento, não tivemos acesso a nenhuma documentação relativa a isso. A perícia é então necessária para determinarmos a autenticidade ou não das pedras e se houve estelionato ou sonegação fiscal”, disse.

Ainda segundo a delegada, João de Deus pode ser indiciado por violação sexual mediante fraude e Tráfico de bebês, uma vez que duas ativistas de Direitos Humanos relataram ter conhecimento de possíveis crimes do médium, entre eles o tráfico internacional de crianças. 

Fim da força-tarefa 

Na manhã desta quinta-feira (10), durante coletiva concedida em Goiânia a delegada Karla Fernandes anunciou o fim da força-tarefa da corporação criada para investigar as denúncias contra o religioso. 

Agora, os inquéritos são enviados para o Poder Judiciário, que encaminha para análise do Ministério Público. O MP pode oferecer a denúncia, pedir o arquivamento ou solicitar novas diligências policiais. Se houver denúncia, a Justiça pode aceitá-la ou não. Aceitando, o denunciado vira réu e será condenado ou absolvido pela Justiça. 

“A força-tarefa da Polícia Civil encerrou todos os seus procedimentos porque já foram indicados em dois [casos] por posse ilegal de arma tanto o João de Deus, como a esposa dele, Ana Keyla, uma vez que ambos moram nas mesmas residências, tanto de Abadiânia, como Anápolis. Nas duas cidades houve apreensão de armas de fogo”, afirmou a delegada. (Higor Santana é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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