Dentista é flagrado atendendo pacientes de forma clandestina em Aparecida
Igor Leonardo Soares foi flagrado logo após realizar um procedimento estético em uma paciente
Por: Rauena Zerra
Um dentista que atendia de forma clandestina em um consultório em Aparecida de Goiânia foi preso em flagrante nesta segunda-feira (24). O profissional, que já respondia a diversos processos criminais, teve o registro do Conselho Regional de Odontologia suspenso por decisão judicial.
O dentista Igor Leonardo Soares foi flagrado pela Polícia Civil logo após realizar um procedimento estético em uma paciente. Segundo apurado, o suspeito utilizou uma substância proibida pela Anvisa para fins estéticos, conhecida como PMMA (polimetilmetacrilato). paciente só descobriu que o produto utilizado não era ácido hialurônico após a ação policial.
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O dentista foi preso pelos seguintes crimes:
- Exercício ilegal da medicina, arte dentária ou farmacêutica;
- Desobediência a decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito;
- Crimes contra relação de consumo de: (1) executar serviço de alto grau de periculosidade, contrariando determinação de autoridade competente; (2) induzir o consumidor ou usuário a erro.
Entenda o caso
Igor Leonardo Soares Nascimento foi indiciado por exercício ilegal da medicina e lesão corporal no caso da paciente Elielma Carvalho Braga. Após ver um anúncio de um dentista na internet, ela fez uma cirurgia conhecida como alectomia em junho de 2020.
A alectomia é um procedimento que não pode ser realizado por dentistas e é usado para diminuir as asas nasais e afinar o nariz. Elielma inicialmente pensou que o procedimento estava indo bem, mas nos dias seguintes, ela começou a sentir dores intensas e mudanças no rosto. A vítima teve cicatrizes e passou por várias cirurgias para se recuperar.
Veja imagem
Antes e depois da paciente I Foto: Elielma Carvalho / Arquivo Pessoal
Elielma tomou a decisão de divulgar o caso publicamente em julho de 2022. No lado direito do seu nariz havia necrose. Após perder parte da pele, foi obrigada a passar por mais de dez cirurgias e teve cicatrizes que prejudicaram sua autoestima.
A divulgação da imagem do investigado foi procedida nos termos da Lei 13.869/2019, portaria n° 547/2021/DGPC, tendo em vista o interesse público no sentido de identificar outras eventuais vítimas de crimes praticados por ele.