Prédio abandonado de Goiânia vira museu do Depois do Amanhã

Prédio era sede da Celg e estava abandonado desde 2018

Postado em: 26-06-2024 às 19h02
Por: Otavio Augusto Ribeiro dos Santos
Imagem Ilustrando a Notícia: Prédio abandonado de Goiânia vira museu do Depois do Amanhã
Artes impressionam. Foto: DIvulgação/ MUDDA

O mais novo museu de Goiânia, um prédio abandonado de Goiânia vira museu do Depois do Amanhã. O MUDDA (Museu do Depois do Amanhã), agora ocupa um antigo edifício na Avenida Anhanguera, no Setor Oeste.

Este prédio, construído nos anos 50 e anteriormente sede da Companhia Energética de Goiás (Celg), estava abandonado desde 2018.

Prédio abandonado

Prédio abandonado de Goiânia vira museu. Após a privatização da Celg em 2017, quatro empresas compraram o edifício com planos de demoli-lo para construir um shopping. No entanto, alugaram o espaço para o Estado, que o utilizou como sede da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) até sua desocupação em 2018.

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Abandonado e sujeito a vandalismo, o prédio estava em condições precárias. A Secretaria de Estado de Cultura de Goiás (Secult-GO) reconheceu sua importância histórica e conduziu seu tombamento provisório.

Foto: Divulgação/ MUDDA

Projetado pelo arquiteto Gustav Ritter e pelo engenheiro Oton Nascimento, o edifício exemplifica os ideais modernistas da época. Contudo, o tombamento definitivo foi impedido pela má conservação do imóvel.

Em 2020, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás (CAU-GO) se posicionou contra a demolição do prédio, ressaltando sua importância histórica. Em resposta à falta de tombamento, ativistas, artistas e pesquisadores criaram o MUDDA em maio de 2024.

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Manifestação artística

Além disso, o museu surge como uma forma de protesto e preservação, integrando intervenções humanas e naturais. As depredações e as plantas que crescem nas paredes agora fazem parte da exposição. O MUDDA visa estimular o debate sobre o patrimônio arquitetônico e histórico de Goiânia, destacando a produção artística local e menos conhecida.

O museu adota uma metodologia de organização e classificação de obras similar à de museus tradicionais, mas vai além, recebendo diversas intervenções artísticas como grafite, lambe-lambes, vídeos e performances.

Para os idealizadores, o MUDDA é uma maneira de tombar o patrimônio da cidade por meio da arte, mantendo viva a memória e a importância do edifício.

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