Polícia de Goiás prendeu 77 pessoas por furto de energia no primeiro trimestre deste ano

Em 2023, a Equatorial revelou que foram identificados furtos de energia em 70 mil unidades consumidoras

Postado em: 28-06-2024 às 16h18
Por: Rauena Zerra
Imagem Ilustrando a Notícia: Polícia de Goiás prendeu 77 pessoas por furto de energia no primeiro trimestre deste ano
Em 2023, a Equatorial revelou que foram identificados furtos de energia em 70 mil unidades consumidoras I Foto: Ilustrativa/PashkaZP/iStock

Na última quinta-feira (27), uma fábrica de processamento de batatas, em Cristalina, município goiano situado a 288 km da capital, foi alvo de uma operação da Polícia Civil. No local, foram encontrados e apreendidos equipamentos da Equatorial, que haviam sido desviados e instalados de forma clandestina no estabelecimento. O prejuízo estimado pela companhia elétrica é superior a R$ 100 mil. 

Casos desse tipo são comuns no estado; somente no primeiro trimestre deste ano, 77 pessoas foram presas e 138 operações foram realizadas. Já em 2024, 106 pessoas foram presas. Em comparação com o ano anterior, o número de pessoas presas por furto de energia no primeiro trimestre de  2024 já equivale a 72% do total de prisões efetuadas em 2023.

Ainda de acordo com a companhia , no ano passado, cerca de 200 mil estabelecimentos e imóveis foram inspecionados e, em 35% desses casos, foi identificado furto de energia em 70 mil unidades consumidoras.

Continua após a publicidade

A Equatorial Energy Company divulgou os dados em nota enviada à nossa equipe. Além disso, a empresa afirmou que está acompanhado o trabalho da polícia do estado e que está tomando medidas para evitar o furto de equipamentos.

Além de ser um crime punível, o furto de energia, também conhecido como “gato”, prejudica diretamente a qualidade do fornecimento de energia e põe em risco a segurança da população, podendo causar graves acidentes, principalmente com pessoas que manipulam a rede elétrica sem a capacitação e o cuidado adequados. Essa prática ilegal tem o potencial de causar acidentes graves, especialmente quando feita por pessoas que não têm a devida capacitação ou precaução ao trabalhar com a rede elétrica.

O furto de energia ocorre quando a corrente elétrica é desviada antes de passar pela medição do consumo. Isso pode ocorrer quando a fiação é puxada diretamente do poste ou quando um medidor de energia é adulterado. 

Devido a oscilações e interrupções no fornecimento de energia, o furto de energia sobrecarrega a rede elétrica e compromete a qualidade da energia que a Cemig fornece aos consumidores. A população está em risco com essas ligações porque aumentam a probabilidade de curto-circuitos e incêndios, além de outros riscos como: Impacto elétrico; Lesões significativas e morte; e Desfavorece o fornecimento de energia e Queima de dispositivos elétricos. 

O artigo 155 do Código Penal Brasileiro define a prática como um crime, com pena de até quatro anos de prisão e multa por toda a energia consumida e não faturada. Além disso, o artigo 171 do Código Penal diz que a adulteração do medidor constitui um crime de estelionato.

De acordo com a Equatorial, os clientes podem ajudar a empresa a combater fraudes e furtos de energia por meio de denúncias na Central de Atendimento da empresa, que é o 0800 062 0196. Não há necessidade de se identificar.

Veja nota da Equatorial na íntegra

A Equatorial Goiás destaca que acompanha o trabalho das autoridades policiais do Estado e tem realizado ações constantes para combater o furto de equipamentos, como o caso desta quinta-feira (27), na cidade de Cristalina. Uma agroindústria furtava energia por meio de ligação direta na rede, causando um prejuízo de mais de 100 mil reais à distribuidora. Os técnicos constataram que o furto foi praticado por meio da instalação de um transformador de forma irregular e o equipamento foi recuperado. O estabelecimento teve a energia cortada e um funcionário que trabalhava no local foi preso.

A companhia permanece colaborando e apoiando as forças policiais de Goiás para coibir estes crimes e realiza constantes ações de combate ao furto. No primeiro trimestre deste ano foram realizadas 138 operações, que resultaram na prisão de 77 pessoas. Em todo ano passado foram 106 prisões.

Além de ser crime, com pena prevista de reclusão e multa, o furto de energia, popularmente conhecido como “gato”, prejudica diretamente a qualidade do fornecimento de energia e põe em risco a segurança da população, podendo causar graves acidentes, principalmente com as pessoas que manipulam a rede elétrica sem a capacitação adequada e os devidos cuidados. Essa prática ilícita pode resultar em acidentes graves, especialmente quando realizada por pessoas sem a devida capacitação e precaução ao manipular a rede elétrica.

Em todo ano passado, em fiscalizações realizadas pela Equatorial Goiás, quase 200 mil estabelecimentos e imóveis foram inspecionados e, em 35% dos casos, foi constatado furto de energia, ou seja, em 70 mil unidades consumidoras. A distribuidora utiliza medições inteligentes que contribuem para aumentar a assertividade das ações. Mais da metade das regularizações feitas pela concessionária no ano passado foram concentradas nos municípios de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Águas Lindas, Valparaíso, Luziânia, Itumbiara e Rio Verde. O volume de perdas não técnicas, que são causadas principalmente pelo furto de energia, foi de 628 Giga watt-hora, quantidade suficiente para fornecer energia para toda a cidade de Goiânia durante dois meses.

As ligações irregulares sobrecarregam a rede elétrica, aumentando o risco de curtos-circuitos que, por sua vez, podem causar interrupções no fornecimento de energia. Isso prejudica não apenas aqueles que realizam tais ligações, mas também os clientes regulares da companhia, comprometendo a qualidade do serviço prestado.

Veja Também