PF apreende carros de luxo que eram usados para lavar dinheiro

Operação rendeu a apreensão de seis carros de luxo e 31 mandados de busca e apreensão emitidos em 14 cidades em Goiás e no DF

Postado em: 18-01-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: PF apreende carros de luxo que eram usados para lavar dinheiro
Operação rendeu a apreensão de seis carros de luxo e 31 mandados de busca e apreensão emitidos em 14 cidades em Goiás e no DF

Higor Santana*

A Polícia Federal deflagrou uma operação que investiga fraudes e lavagem de dinheiro no comércio de carros de luxo em Goiás e no DF. De acordo com a PF, o grupo preso é investigado pelos crimes de falsidade ideológica e de lavagem de dinheiro.

Continua após a publicidade

Batizada de operação Cosplay, a ação emitiu 31 mandados de busca e apreensão em 14 cidades. Foram apreendidos ao menos seis carros de luxo que faziam parte de um esquema de compra e venda, com o objetivo de ocultar patrimônio no Estado e no Distrito Federal.

A Polícia Federal, por meio de quebra de sigilo bancário e fiscal dos suspeitos, registrou uma movimentação bancária de empresas fictícias em nome de “laranjas” que recebiam dinheiro para terem seus nomes utilizados nas atividades do grupo. Também foi constatada a ocultação de patrimônio através de registros de propriedades de veículos em nome de “pessoas fantasmas”, junto ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran), configurando o crime de lavagem de dinheiro através do comércio de veículos usados.

Dentre os veículos apreendidos, estão uma Land Rover, uma Ferrari, um Porsche, uma BMW e uma Chevrolet S10 e uma Laborghini Gallardo avaliada em mais de R$ 700 mil reais. Além das buscas, foram cumpridas duas medidas cautelares de sequestros de veículos e bloqueio administrativo junto ao Detran.

Ao todo, 120 Policiais Federais cumpriram mandatos nas cidades de Valparaíso de Goiás, Águas Lindas de Goiás, Brasília, Ceilândia, Brazlândia, Paranoá, Guará, Recanto das Emas, Sobradinho, Taguatinga, Riacho Fundo I, Samambaia, Vicente Pires e Taquari.

O principal envolvido no esquema foi preso em 2017, suspeito de receptar uma carga roubada com 72 televisores. As investigações apontaram que ele estaria envolvido com o uso de laranjas para movimentação financeira, além de administrar empresas de fachada. Se condenados, os envolvidos podem pegar até 10 anos de prisão.

Operação

Batizada de operação Cosplay, a ação faz referência ao termo em inglês que faz representação de personagens. A escolha foi feita pela ligação ao termo “laranjas” no esquema de fraude. Para a Polícia Federal, o objetivo é combater crimes de falsidade ideológica e de lavagem de dinheiro na compra e venda de veículos em cidades de Goiás e do Distrito Federal.

Confraria

Em dezembro do ano passado, a operação Confraria, prendeu quatro pessoas suspeitas de operar um esquema de lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos em Goiás. A Polícia Federal apreendeu e sequestrou bens avaliados em R$ 10 milhões, entre os itens estão várias joias, 14 veículos de luxo, três apartamentos de alto padrão e duas casas de veraneio, uma delas em Armação de Búzios, no Rio de Janeiro.

Entre os quatro presos, está o ex-presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Rincón, suspeito de receber propina da Odebrecht para campanhas do ex-governador Marconi Perillo, que já havia sido preso na Cash Delivery, mas foi liberado. (*Higor Santana é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

Veja Também