Em poucos dias, dois corpos são decapitados

Um corpo foi encontrado sem cabeça em Hidrolândia o outro foi achado na semana passada, no Meia Ponte

Postado em: 22-01-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Um corpo foi encontrado sem cabeça em Hidrolândia o outro foi achado na semana passada, no Meia Ponte

Higor Santana*

Na manhã de ontem (21), mais um corpo sem cabeça foi encontrado, dessa vez em Hidrolândia, a 30 km da capital. De acordo com a Polícia Civil, o corpo é de um homem, e ainda não foi identificado. É o segundo corpo sem cabeça encontrado na Região Metropolitana em menos de quatro dias. A Polícia Civil não descarta a possibilidade de se tratar de guerra entre facções.

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O corpo foi encontrado em uma rua do Setor Grande Goiânia, em Hidrolândia. Moradores que passavam pelo local se assustaram com o cadáver e acionaram a Polícia Militar que isolou a área para a perícia. 

Outro caso aconteceu em Goiânia. Na tarde da última quinta-feira (17), o corpo de um homem sem cabeça foi encontrado boiando no Rio Meia Ponte, no Setor Negrão de Lima, em Goiânia. Moradores da região viram o corpo e acionaram o Corpo de Bombeiros que realizou buscas pelo local e encontrou o corpo da vítima.

Cabeça

No domingo anterior (13), uma cabeça sem corpo foi encontrada na calçada da avenida Perimetral Norte, em frente a um shopping, também em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, ela foi encontrada por um pedestre, na calçada do shopping, com cortes na testa gravando a sigla “TD2”, gíria usada por facções criminosas que significa “tudo dois”, “tudo em paz”.

Parentes foram ao IML e a reconheceram visualmente, mas precisaram levar exames odontológicos para que o procedimento fosse realizado. Conforme a Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), o restante do corpo da vítima não foi localizado após buscas nas imediações.

Guerra entre facções

A Polícia Civil não descarta a possibilidade de se tratar de guerra entre facções. Uma das linhas de investigações, é que os crimes foram cometidos como forma de provocar a facção rival. A delegada responsável pela investigação, Myrian Vidal, explicou que ainda não é possível confirmar se os crimes estão relacionados. “Vamos aguardar a perícia para a gente ver se trata-se da mesma vítima”, disse a delegada.

Ainda segundo a delegada, a perícia foi realizada nos locais dos três crimes para descobrir se existe ou não ligação nas mortes, e tanto os corpos quanto a cabeça, serão submetidos a mais exames para que a corporação tenha mais elementos nas investigações dos casos.

Identificação

O perito criminal do IML Fernando Fortes Picoli, explica que para que identificação seja feita, são utilizados geralmente três métodos. “Quando possível, fazemos a identificação por impressão digital. Quando não é possível e já temos uma provável vítima, identificamos por meio das características odontológicas, confrontando com exames ou documentos da suposta pessoa morta. Quando nenhuma destas duas formas é possível, submetemos o corpo ao exame de DNA”, esclareceu.

Sobre a cabeça encontrada, o perito afirma que se trata de um processo mais demorado. “A ordem vai do menos complexo ao que exige mais tempo. No caso da cabeça, não tem como ser por impressão digital, então a gente aguarda que a família que a reconheceu traga documentos para o confronto”, afirma.

Em relação aos dois corpos encontrados, o médico perito afirmou que o processo de investigação pode ser possível por digital. Mas, para saber se trata-se do corpo da cabeça que foi encontrada, será preciso fazer DNA em ambas partes. (Higor Santana é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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