Hugol e Santa Casa serão utilizados para ajudar o Hospital Materno-Infantil

Os atendimentos seriam divididos entre as duas unidades, além de ser usada a estrutura municipal

Postado em: 25-01-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Os atendimentos seriam divididos entre as duas unidades, além de ser usada a estrutura municipal

Isabela Martins*

As dividas na Saúde em Goiás chegam a R$ 720 milhões. Além do alto valor outro ponto preocupante para o secretario da Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino é o Hospital Materno Infantil (HMI). Para o secretario, a situação do hospital é a pior entre todas as unidades estaduais, principalmente por conta da estrutura e por ser a única referência no atendimento infantil. Em entrevista para uma rádio da Capital, Ismael falou que o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) e a Santa Casa podem ser usados em uma solução emergencial para o atendimento infantil. 

Os atendimentos seriam divididos entre as duas unidades, além de ser usada a estrutura municipal. “A parte clínica se faria possivelmente em um incremento de governo, contrato com a Santa Casa. Mas também existe a possibilidade de usar a estrutura municipal, eu tenho abordado isso com a secretária Fátima Mrué [Saúde de Goiânia]. E no caso de cirurgias propriamente ditas, talvez façamos lá”, explicou.

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No final do ano passado a Organização Social que administra a unidade fechou temporariamente as portas do hospital por falta de insumos básicos e medicamentos, após consecutivos atrasos.  A divida com a OS que administra o hospital, o Instituto de Gestão e Humanização (IGH) chegava a aproximadamente R$ 60 milhões. No começo do mês, o governador Ronaldo Caiado colocou dois carros em leilão para custear a divida da unidade. Juntos os carros de luxo estão avaliados em cerca de R$ 650 mil. 

Regulação

Outro ponto de destaque para o secretário é a regulação do Estado. Segundo ele o ideal é pensar a saúde como uma rede. “Entendemos que a regulação é um mecanismo de dar equidade e acesso às pessoas que mais precisam com critério técnico e não político. Não por indicação e não porque é amigo de diretor dessa ou daquela unidade.  Outro desafio é pensar a saúde como uma rede e não como unidades isoladas”.

A regulação de vagas e a regionalização do Sistema Único de Saúde (SUS), é um ponto que será prioridade. “Com a regulação de vagas, vamos atender aos princípios da equidade e da universalidade”, explicou.

Divida

O valor de R$ 720 milhões é dividido entre repasses para o município que não são feitos há mais de um ano e chegam a R$ 150 milhões. Para fornecedores de medicamentos o valor é de R$ 97 milhões e para as organizações sociais são R$ 300 milhões. Além disso, há uma divida no Plano de Fortalecimento de quase R$ 50 milhões e algumas obras paralisadas com restos a pagar de quase R$ 20 milhões.

Credeq 

O Centro Estadual de Referência e Excelência em Dependência Química (Credeq) deve ser ampliado. De acordo com o secretario a unidade que é referência no tratamento de dependentes químicos deve ter seu atendimento estendido. Segundo ele, existe a possibilidade de ampliar em Goiás uma gestão para a unidade por meio do sistema de serviço social autônomo. Para Ismael, esse modelo poderia diminuir a burocracia sem evolver nenhuma Organização Social.  (Isabela Martins é estagiária do Jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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