“Cirurgião das estrelas” é suspeito de ser responsável por necrose em pacientes
O médico que realizou a cirurgia já foi alvo de mandados de busca e apreensão em 2020.
Por: Yasmin Farias
O cirurgião plástico Wilian Pires, responde um processo na esfera cível, movido por uma paciente que sofreu necrose e queloides severas após se submeter a um procedimento de lipoaspiração.
O médico que realizou a cirurgia já foi alvo de mandados de busca e apreensão em 2020, cumpridos no âmbito da Operação Navio Fantasma.
O procedimento da lipoaspiração ocorreu em 2020, e desde então a empresária Sayara Karyta de Sousa Rego tem uma série de cicatrizes, por um suposto erro médico de Willian.
A empresária procurou o cirurgião para tirar uma gordura localizada, e na consulta pré-operatória, ele afirmou conseguir definir melhor os músculos de Sayara. A empresária desembolsou R$ 15 mil para fazer a cirurgia, ela suspeitou das feridas no corpo não eram comuns para o procedimento que fez.
A vítima chegou a procurar a emergência de um hospital com suspeita de trombose, diagnóstico que foi confirmado. Ela procurou outro cirurgião plástico, que descobriu que ela estava com necrose em grau elevado em boa parte do dorso e na altura da cintura, de menor intensidade na região espinha ilíaca esquerda e supra umbilical.
Além dessa acusação, uma mulher, que preferiu não se identificar, perdeu a mama após também sofrer necrose. A mulher saiu do Estados Unidos para vir a Goiânia realizar a cirurgia, ela notou que tinha algo de errado com um dos seios, mas o médico afirmou por meses que era uma situação normal.
Quando voltou para os EUA, ela precisou passar por uma cirurgia de emergência para a retirada da prótese, mas ficou com marcas e precisou remover a mama completamente.
Quem é Wilian Pires?
O médico goiano Wilian Pires é especialista em lipo de alta definição (LipoHD), mamoplastia e mastopexia. Algumas celebridades foram atendidas pelo médico, como a ex-BBB Paula Freitas e a influencer Paula Carolyne. No último dia 27, ele foi condenado a dois anos de prisão, contudo, foi ofertada pena restritiva de direitos no lugar da pena restritiva de liberdade.
