Por mês, quase 200 objetos são apreendidos em presídios goianos

De acordo com a DGAP, quem é flagrado tentando entrar no presídio com algum objeto proibido responde criminalmente pelo ato

Postado em: 01-02-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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De acordo com a DGAP, quem é flagrado tentando entrar no presídio com algum objeto proibido responde criminalmente pelo ato

Higor Santana*

O trabalho ostensivo e rotineiro dos agentes prisionais tenta coibir a entrada de drogas, armas, celulares e outros objetos proibidos nos presídios goianos. De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP), só no ano passado, cerca de 177 objetos ilícitos foram apreendidos por mês, em unidades prisionais do Estado. De acordo com a DGAP, quem é flagrado tentando entrar no presídio com algum objeto proibido responde criminalmente pelo ato. No caso de quem é pego com drogas, pode responder por posse ou por tráfico de drogas.

Em um panorama geral, a SSP informou que em 2018 foram apreendidos 2.128 objetos considerados ilícitos pelo órgão. Dentre eles, os mais comuns são celulares, drogas e facas. Segundo a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), as forças de segurança que atuam no sistema prisional trabalham, diariamente, para coibir esse tipo de delito.

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Para acabar com essas ações, a DGAP informou que tem investido na fiscalização nos presídios do Estado. Segundo a diretoria, tem melhorado o sistema tecnológico com câmeras de segurança, maior rigorosidade nas revistas e monitoramento do lado externo dos presídios, com o objetivo de não permitir que objetos sejam arremessados para dentro das unidades.

Como é o caso da unidade prisional de Jataí. Em uma ação de fiscalização, servidores da unidade, interceptaram a entrada de nove aparelhos celulares no presídio, no fim da tarde da última terça-feira (29). Os agentes plantonistas faziam ronda no interior do presídio quando se depararam com uma sacola sendo arremessada para dentro dos muros da unidade.

Scanners

Além de revistas e monitoramentos, os aparelhos de scanners locados pelo Estado, ajudam os agentes prisionais a barrarem a entrada de objetos proibidos, como drogas, aparelhos celulares, chips telefônicos e armas. Ao longo do ano passado, a DGAP divulgou dezenas de casos de visitantes que foram detidos ao passarem pelo equipamento e terem objetos proibidos identificados pelo aparelho.

Todas as unidades prisionais de Goiás contam com vídeo monitoramento, no entanto, só as maiores possuem detectores de metais, Raio-X e cabines com sistema conhecido como Body Scan, que mapeia o corpo do visitante sem ser necessária a revista. Onde não existem estes equipamentos, os visitantes são submetidos à tradicional revista corporal.

Punição 

Para quem é preso com celulares ou chips com linhas telefônicas pode responder pelo crime de favorecimento real à entrada de celular em estabelecimento prisional. No caso de senhas falsas, é autuado por uso de documento falso. As forças de segurança que atuam no sistema prisional trabalham, diariamente, para coibir esse tipo de delito.

Casos 

Na última quarta-feira (30), servidores da penitenciária de Rio Verde, pertencente à 6ª Regional Prisional Sudoeste da DGAP, interceptaram a entrada de três aparelhos celulares, cinco carregadores, drogas e uma quantia em dinheiro, na unidade prisional, durante visita dos familiares aos reeducandos.

De acordo com o diretor da penitenciária, Júlio Cesar, os agentes plantonistas do local verificaram atitudes suspeitas por parte de uma visitante, que foi, de imediato, submetida à revista. Na ocasião, os servidores encontraram os materiais ilícitos amarrados às pernas e escondidos nas partes íntimas da visitante. (Higor Santana é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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