Pacientes relatam caos e estrutura degradada do Hospital Santa Bárbara

Internautas relatam demora no atendimento, equipe mal-humorada e demora na medicação

Postado em: 23-07-2024 às 06h00
Por: João Victor Reynol de Andrade
Imagem Ilustrando a Notícia: Pacientes relatam caos e estrutura degradada do Hospital Santa Bárbara
Internautas e pacientes relatam problemas no atendimento e na medicação do hospital goiano | Foto: Leandro Braz/O HOJE

Quando Lucas Machado entrou no Hospital Santa Bárbara na tarde deste domingo (21), queria descobrir o motivo de suas tosses e dores abdominais que sentia ao longo dos últimos dias. Contudo, o que não esperava era ser internado por uma disfunção renal após exames de sangue por uma médica plantonista. “Ai que começa as desventuras porque até aquele momento não foi me apresentado os laudos de exames que corroboraram as suspeitas dos diagnósticos”, afirma.

Depois disso, foi levado para um dos quartos de internação do hospital onde esperaria para o atendimento médico. Contudo, se deparou com um quarto com estrutura degradada. De acordo com ele, faltavam lâmpadas para as luminárias, a grade na cama estava quebrada, a televisão do quarto não funcionava. Em um dos casos, relatou que o botão de emergência para chamar a enfermeira também não respondia ao toque. 

Em imagens compartilhadas com exclusividade para o jornal O HOJE, é possível constatar as denúncias relatadas e mais irregularidades como falta de insumos básicos. Em dois vídeos o Lucas mostra o chuveiro com fiação exposta, além disso, foi distribuído lençois para os pacientes se secarem depois do banho. “A tranca da porta não funcionava, tive de fazer uma gambiarra com papel e esparadrapo para deixar a porta fechada. O frigobar estava com a grade fechada e a porta não trancava, se colocasse algum recipiente lá dentro ela não gelava”, disse.

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E essa não foi a única dor de cabeça que relata ter passado, por algum motivo não foi registrado em seu prontuário que era portador de diabetes. Além disso, também não foi registrado que tinha de tomar um ansiolítico todos os dias, mesmo após preencher na prontuário. “A única informação que tinha [no prontuário] é que eu precisaria de cinco unidades de insulina. E só fui conseguir o ansiolítico depois das 22 horas, sendo que estava lá desde às 13 horas”.

E não foi só Lucas que teve estes problemas, relatos divulgados nas redes sociais do hospital que mostram inúmeras insatisfações com a rede hospitalar pela demora e na qualidade do atendimento. Uma internauta comenta: “Cheguei ao Pronto Socorro com febre e demorei muito para ser atendida. Quando finalmente fui atendida pela médica, ela solicitou alguns exames e medicação. No entanto, as técnicas de enfermagem e a recepcionista não estavam dando a devida atenção … Foram mal-educadas e deram respostas grosseiras”, relata.

Na mesma postagem, um comentário de um outro internauta afirma ter esperado duas horas somente para receber uma medicação e outras oito horas na instituição. Enquanto isso, outra paciente relatou que ficou um dia na internação sem ser visitada por um médico especialista. “Péssimo hospital, péssimo atendimento de urgência e emergência! …  Horas esperando ser medicada, enfermeiros e recepcionistas mal educados a gente doente e não consegue nem receber medicamento isso pq estamos pagando!”, afirma outro.

O jornal O HOJE tentou entrar em contato com a rede hospitalar, contudo, não obteve resposta. Além disso, o site principal da rede está fora do ar no momento da divulgação da reportagem.

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