Parque Parque Estadual Morro da Serrinha recebe cinco mil mudas nativas

Parceria entre poder público e iniciativa privada deve reflorestar totalmente a área em até dois anos

Postado em: 02-02-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Parceria entre poder público e iniciativa privada deve reflorestar totalmente a área em até dois anos

Higor Santana*

O Parque Estadual Morro da Serrinha, na divisa entre os setores Pedro Ludovico e Serrinha, em Goiânia, já ganhou 5 mil mudas nativas do Cerrado. Entre as mudas, estão árvores grandes e frutíferas na área de reflorestamento, com 22,5 mil metros quadrados. Previsão é que o reflorestamento seja concluído em dois anos, com o entrelaçamento da copa das árvores e sombreamento da gramínea, com baixa manutenção.

O trabalho começou em dezembro e, até março deste ano deve ser concluído o plantio de 35 espécies nativas do Cerrado. A ação faz parte do projeto GOgreen, uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica, que em maio realizará seu 31° congresso na Capital.

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Na área foi priorizado o plantio de espécies frutíferas, justamente para atrair o público de pessoas e aves. Para isso, foi aberto um passeio, com a retirada do capim que havia se alastrado pelo terreno. Entre as árvores frutíferas, há dois tipos de ingá, além do jenipapo, calabura, entre outras. Nas demais áreas do parque serão plantadas mudas de ipês, aroeiras e pequizeiros.

Neide Soares mora há quase 50 anos no bairro e conta que o projeto vai mudar a cara da região. “Depois que vimos a iniciativa, os próprios moradores se empenharam em ajudar. As pessoas vão parar de jogar lixo, cuidar mais do parque. A praça também vai atrair as pessoas e mudar completamente a imagem de abandono que o local apresentava”, disse a aposentada.

De acordo com a Secretaria do Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima), o parque possui uma localização estratégica, e tinha urgência no controle erosivo. O reflorestamento da Área de Preservação Permanente (APP), em avançado estado de degradação, é uma ação ambiental voluntária e teve início na porção sul do parque, entre as ruas 1.108 e 1.112.

O trabalho vai trazer benefícios para moradores e frequentadores da região, já que o plantio de árvores urbanas diminui o barulho, proporciona menos exposição aos raios solares UVB, ajuda na correção da erosão e enxurradas, além de compensar a produção de gases de efeito estufa.

As mudas, que têm de meio metro a um metro e meio de altura, receberão adubação mineral e orgânica. O espaçamento entre elas é de 3×1,5 metros, permitindo o fechamento do solo em aproximadamente dois anos. Também serão executadas quatro etapas de manutenção, capina, adubação mineral orgânica, controle de pragas e replantio, quando necessário. O trabalho é feito pela Implant Paisagismo, sob coordenação do especialista em planejamento urbano e ambiental, Marden Rezende.

Iniciativa

Os moradores da região do parque também podem plantar as mudas em suas casas, quintais e calçadas, obtendo orientação e auxílio gratuito por parte da equipe técnica do projeto e da Secima. A Secretaria diz que foi retirado apenas o capim e que isto é necessário para um processo de recomposição florestal na área. 

Serão implantadas pistas de caminhada e academia ao ar livre para os moradores e frequentadores do Morro da Serrinha. (Higor Santana é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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