Risco se aproxima e Ministério da Saúde alerta para a vacinação

Mesmo sem ter registros recentes, Secretaria Estadual de Saúde reforça a necessidade da vacinação

Postado em: 04-02-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Mesmo sem ter registros recentes, Secretaria Estadual de Saúde reforça a necessidade da vacinação

Higor Santana*

Mesmo sendo considerada endemia pelo Ministério da Saúde, o estado de Goiás ainda não registrou nenhum caso da febre amarela neste ano e no ano passado. Em 2017, apenas um caso foi constatado no município de Amorinópolis, e a vítima não tinha registro de vacina. Mesmo com percentual de imunização considerado um dos melhores do Brasil, quem vive ou viaja por municípios goianos precisa estar ciente da exigência de ser vacinado contra a doença. O alerta é da coordenadora de Ações em Imunizações da Rede de Frio da Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO), Joice Dorneles.

De dezembro a abril, fatores ambientais como maior volume de chuva e altas temperaturas, propiciam o aumento do vírus que causa a doença, que se mantém por meio de dois ciclos básicos: o urbano e o silvestre. “Goiás é considerado área com recomendação de vacinação permanente”, destaca a coordenadora.

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Diante dessa classificação e do histórico de casos no território goiano, a Coordenação Estadual de Zoonoses da SES-GO também realiza um trabalho constante de vigilância em epizootias, ocorrência de um determinado evento em um número de animais ao mesmo tempo e na mesma região, podendo levar ou não a morte. O objetivo é a identificação precoce da circulação viral na população de macacos doentes ou mortos, conhecida como vigilância passiva.

No ano passado, o secretário de Estado da Saúde Leonardo Vilela, afirmou que a situação do estado de Goiás é confortável por conta da cobertura vacinal de quase 100%. E a vacina distribuída no Estado não é fracionada, diferentemente de São Paulo e Minas.

Transmissão

Em áreas urbanas, a febre amarela é transmitida principalmente pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue. Nas áreas silvestres, o vírus também é encontrado em macacos, seus hospedeiros intermediários, que ao picar o animal, o mosquito é contaminado e passa a infectar humanos.

Segundo a Coordenação de Zoonoses da SES-GO, o ciclo de transmissão silvestre do vírus não é passível de eliminação. A detecção precoce da circulação viral deve ser adotada, a fim de monitorar áreas de risco e aplicar medidas de prevenção e controle. Assim, é possível reduzir as chances de dispersão do vírus e evitar novos casos entre humanos.

Ainda de acordo com o órgão, a notificação das epizootias aliada a informações sobre a situação do local da ocorrência e a cobertura vacinal são fundamentais para definir a necessidade de realizar campanha de vacinação preventivas contra a doença em determinada região.

Tais medidas são fundamentais para que não se repita em Goiás o quadro registrado até 2017. Em 2015, foram confirmados seis casos humanos da febre amarela. Todos eles em pessoas não vacinadas e que frequentaram áreas silvestres nos municípios de Alto Paraíso de Goiás, Niquelândia, Luiz Alves, São Miguel do Araguaia, Alexânia e Cumari. Quatro pessoas morreram. Outros três registros, todos com morte, ocorreram no ano de 2016, em São Luís de Montes Belos, Senador Canedo e Goiânia. (Higor Santana é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian)

 

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