Áudios indicam que vendedor estava preso antes de suposta troca de tiros com a PM

Polícia Militar disse, por meio de nota, que “não há, até o momento, como comprovar a autoria dos áudios”

Postado em: 15-02-2019 às 09h32
Por: Redação
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Polícia Militar disse, por meio de nota, que “não há, até o momento, como comprovar a autoria dos áudios”

Da Redação

A Polícia Civil (PC) investiga áudios que  Jeferson Alves Martins, de 25 anos, teria enviado à família pouco antes de morrer, em Aragarças, na região oeste de Goiás. Segundo o delegado Ricardo Galvão, as gravações apontam aparente contradição na versão dos policiais militares, que haviam dito que o rapaz teria morrido em troca de tiros com eles.

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O vendedor Jeferson morreu no sábado (9). Na madrugada do dia seguinte, sete ônibus escolares, um carro do IML e uma ambulância foram destruídos em um incêndio no pátio de uma secretaria da cidade. A Polícia Civil apurou que o crime foi cometido como forma de vingar a morte de Jeferson e cinco pessoas foram presas.

“Esses áudios estão circulando em redes sociais desde o dia que o Jeferson morreu. A família levou essas gravações à delegacia na quarta-feira (13). Ele teria encaminhado os áudios, antes do confronto policial, para a mãe e a namorada dizendo que estava preso. Pelo horário, o confronto teria acontecido depois desses áudios”, detalhou o delegado.

A Polícia Militar disse, por meio de nota, que “não há, até o momento, como comprovar a autoria dos áudios”. O texto afirma ainda que “somente o inquérito conduzido pela Polícia Civil e o trabalho minucioso da Polícia Técnico-Científica, se o decorrer das investigações assim o exigir, podem determinar a autenticidade dos áudios”.

Conforme o delegado, os policiais relataram que foram recebidos a tiros por Jeferson antes mesmo de o abordarem. No entanto, se a vítima mandou os áudios à família dizendo que estava preso, a versão dos PMs pode ser questionada.

“Eles serão chamados novamente para serem ouvidos, mas, por enquanto, o caso segue sendo tratado como está no boletim. As investigações continuam e seguem em sigilo”, completou. 

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