Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Até 2020 todos os bairros habitados de Goiânia serão pavimentados

De acordo com o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, os bairros ainda não haviam sido pavimentados porque o município precisou organizar as dívidas da prefeitura

Postado em: 20-02-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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De acordo com o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, os bairros ainda não haviam sido pavimentados porque o município precisou organizar as dívidas da prefeitura

Thiago Costa 

Com recursos do Tesouro Nacional, a Prefeitura de Goiânia pretende, até o final do próximo ano, levar 630 km de asfalto para bairros de Goiânia que ainda não são pavimentados. Serão beneficiados 34 setores e as obras começarão ainda neste semestre, assim que passar o período chuvoso na Capital. Entre os setores que receberão a malha asfáltica estão os bairros Vale dos Sonhos 2, Residencial João Paulo II, Chácaras São Joaquim e Parque Solar, que há anos aguarda melhorias.

O Bairro João Paulo II, por exemplo, aguarda a chegada do asfalto há aproximadamente cinco anos. Moradores relataram que a poeira em períodos secos faz com que toda a vizinhança seja mais vulnerável para doenças como a gripe, por exemplo. Nos períodos chuvosos, a população que mora em ruas ainda não pavimentadas sequer pode tirar o carro da garagem, por medo de não conseguir ao menos sair da própria rua, já que a lama é para eles um risco eminente de que os veículos ficarão atolados. 

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Raimunda Coelho é moradora do bairro João Paulo II. A dona de casa, que mora com seus dois filhos, conta que o bairro sofre com a ausência de asfalto nas ruas que ela mora há quatro anos.  Raimunda reclama que as ruas de terra são empecilhos para todos os moradores. A dona de casa explica que quando chove sua filha, que cursa o segundo ano do ensino médio, precisa faltar alguns dias letivos por conta da grande quantidade de barro. 

Segundo ela, quando a filha sai de casa e a lama suja todo o sapato e parte das roupas da estudante, a filha é obrigada a voltar em casa, o que a impede de ir para o colégio. A justificativa da mãe é que os outros colegas zombam da estudante quando ela chega com lama no calçado. 

“Quando está chovendo, sempre acontece algum imprevisto, porque aqui não tem asfalto. Quando chove durante a noite, de manhã a água já escorreu e dá para conseguir cumprir as atividades. Quando não chove eu tenho que limpar a casa todos os dias. Se chega visita em casa tenho que limpar antes, por conta do grande número de poeira que entra na minha casa”, reclama Raimunda. 

Ela afirma que não perdeu as esperanças e sabe que quando o asfalto chegar muitos problemas de todos os vizinhos também vão acabar, como a gripe, por exemplo. A dona de casa afirma que nos períodos secos a poeira que sobe com a passagem dos carros faz com que toda a população sofra com problemas respiratórios. “Na época da poeira todo mundo gripa”, afirma Raimunda. 

Gilmar de Oliveira chegou ao setor João Paulo II há cinco anos. Ele conta que a falta de asfalto já atrapalhou a vida das pessoas muito mais do que apenas pela poeira e a lama, que ocorre em diferentes épocas do ano. Gilmar explica que moradores da região já deixaram de receber atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (SAMU) em períodos chuvosos, pois a equipe de socorro alegou ser difícil o acesso à rua da vítima, que poderia causar problemas ainda maiores, já que o risco da equipe não conseguir chegar ou sair do bairro com as ruas cheias de lama era eminente. 

Gilmar afirma que anda de bicicleta com a sua esposa porque não pode sair de casa com o carro. Como ele conta, são vários os problemas que giram em torno da falta de asfalto no bairro.  Gilmar reclama que para sair de casa, ele e a esposa sempre precisam levar pares de sapatos extras para poderem trocar de calçado quando chegam às localidades onde existe asfalto. Ele afirma que quando o casal chega em outros setores, são zombados e chamados de ‘pés de toddy’, em menção à marca de achocolatado que tem aspecto escuro. 

Carmina Soares é casada com o Gilmar e reafirma os problemas apresentados pelo esposo. Ela diz que não aguenta mais a briga que precisa enfrentar com a poeira na limpeza de casa. A dona de casa explica que precisa lavar a residência em média três vezes por semana, o que diminuiria caso a rua que eles moram já tivesse recebido asfalto. 

Luana Moura é mãe de três filhos pequenos e afirma que, por conta da ausência do asfalto, a qualidade de vida da família é baixa. A dona de casa afirma que precisa caminhar longa distância com o carrinho de bebê para poder levar e buscar os filhos na casa da sogra. Luana calcula que todos os dias perde cerca de 30 minutos por ter que desviar de ruas ruins, cheias de terra e de lama. 

A dona de casa afirma que com a rua da casa que ela mora com os três filhos asfaltada, a qualidade de vida de toda a família mudará 100%. Luana conta que tem ouvido algumas pessoas no bairro comentarem sobre a chegada do asfalto. Ela acredita que o asfaltamento das ruas  trará mais qualidade de vida para todos os moradores. 

De acordo com o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, esses bairros ainda não haviam sido pavimentados porque o município precisou organizar as dívidas da prefeitura. “Sempre entendi que pavimentação significa saúde, qualidade de vida. Por isso priorizei em todos os meus mandatos o asfalto dos bairros de Goiânia. Agora, depois de organizar as finanças do município, vamos asfaltar todas as ruas habitadas da Capital que ainda não possuem asfalto. É meu compromisso com os goianienses.”

Prefeitura retoma novo ciclo de mutirões em Goiânia 

A Prefeitura de Goiânia deu a arrancada na nova etapa da gestão, uma agenda positiva que contempla obras de infraestrutura, avanços nos setores de educação, saúde e programas de inclusão social, modernização das estruturas e aperfeiçoamento na prestação de serviços à população.

Um dos marcos desta etapa foi a realização do primeiro mutirão de 2019 na semana passada, oportunidade em que foram beneficiados 28 bairros da região Norte com série de ações voltadas para urbanização, limpeza, requalificação e reforma de estruturas do poder público municipal.

“Procuramos fazer com que ações da prefeitura estejam presentes em todos os bairros, em todas as regiões”, afirma Iris ao observar que as frentes de serviços são permanentes e visam levar benefícios às comunidades por meio de limpeza, reforma e conservação de bens públicos municipais como praças, avenidas e parques, com ênfase na arborização e conservação do meio ambiente.

Ao mesmo tempo, há um reforço contínuo das medidas voltadas para o atendimento à população nos setores de saúde, assistência social e cidadania. No mutirão realizado na região Norte, as atividades com essa perspectiva ficaram concentradas na Escola Municipal Professor Aristoclides Teixeira, no Jardim Pompéia.

Na frente de serviços, os moradores tiveram acesso a aferição de pressão arterial, vacinas e medição de glicemia. Foram distribuídas mudas de árvores, de hortaliças e ofertados cortes de cabelo. Crianças tiveram espaço para lazer e recreação. Em outro estande, foi possível obter auxilio no Atende Fácil para emitir guias de IPTU, ITU, ISS, além de inscrições no programa Minha Casa Minha Vida.

Durante o evento, o prefeito Iris Rezende entregou uma praça no Setor São Judas Tadeu e o recapeamento da rua Santana, no Jardim Pompéia. Ele vistoriou obras no Parque Nova Morada, no Residencial de mesmo nome. O empreendimento é realizado em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG). Depois de revitalizado, o local terá aulas de música gratuitas destinadas à comunidade.

Tapa-buracos

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra), empreende uma grande operação tapa-buracos que, somente na semana passada, beneficiou 100 bairros em todas as regiões. A iniciativa é permanente, ocorre durante todo ano e tem como objetivo a manutenção e conservação da malha viária.

O prefeito Iris Rezende destaca que a atividade de manutenção da malha viária nunca parou e que a cidade gradativamente se recupera dos estragos provocados pelas permanentes chuvas. “Jamais deixamos de investir em infraestrutura para garantir a plena mobilidade urbana e evitar transtornos para a população”, afirma ele.

A prefeitura disponibiliza 120 servidores para os serviços de manutenção e conservação da malha viária da Capital. Ao todo, 15 equipes distribuídas em 15 caminhões com 10 toneladas de massa asfáltica, cada, atendem, em média, 20 bairros diariamente. 

Mais de 250 mil buracos foram tapados na cidade em 2018  

Entre janeiro e outubro de 2018 a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra) tapou mais de 250 mil buracos em toda a Capital. Além disso, a Pasta recuperou mais de 40 vias que tiveram o asfalto arrancado pelas águas da chuva. Em dezembro, a Seinfra empenhou na conservação da malha viária de vários bairros de Goiânia. A operação tapa-buracos atuou em mais de 13 bairros da Capital. Ao todo, 120 operários, distribuídos em 15 equipes, utilizam 150 toneladas de massa asfáltica por dia. 

Segundo o titular da Seinfra Dolzonan da Cunha Mattos entre janeiro e outubro deste ano a Prefeitura de Goiânia aplicou cerca de 26 mil toneladas de revestimentos asfáltico do tipo Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ) nas vias da cidade. “Estamos trabalhando até nos finais de semanas e feriados para beneficiar todas as regiões de Goiânia. Nossas equipes atuam diariamente no combate aos buracos”, informa.

Nos primeiros dez meses de 2017, mais de 195 mil buracos foram tapados na Capital, resultando na manutenção de mais de 112 mil metros quadrados de ruas e avenidas em todas as regiões da cidade. Durante o período de estiagem, a operação contava com dez caminhões, 80 servidores e 80 toneladas de massa asfáltica diariamente. À época, o então secretário da Pasta informou que até 15 caminhões transportavam cerca de dez toneladas de massa asfáltica.

O material utilizado na ação da Prefeitura foi o CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado à Quente, um composto de areia, brita e cimento asfáltico) de qualidade superior entre os pavimentos, com maior durabilidade do que o asfalto “à frio”, informou o secretário. 

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