Polícia Civil indicia cinco pessoas por acidente que deixou uma menina morta

Laudos apontam que o acidente foi causado por más condições de uso e de manutenção do brinquedo, aliados à eventual falha humana

Postado em: 20-03-2019 às 14h33
Por: Redação
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Laudos apontam que o acidente foi causado por más condições de uso e de manutenção do brinquedo, aliados à eventual falha humana

Eduardo Marques

A Polícia Civil (PC) indiciou cinco pessoas pela morte de uma adolescente e por causar ferimentos a outras três em acidente com brinquedo de parque de diversões de Ceres, na região central de Goiás, a cerca de 180 km de Goiânia. Entre os nomes citados pela corporação como responsáveis pelo caso estão: dono do brinquedo, responsável pelo estabelecimento, operador da máquina e dois engenheiros, dos quais um também responde por falsificação de documento público.

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Os laudos apontam que o acidente foi causado por más condições de uso e de manutenção do brinquedo, aliados à eventual falha humana. Testemunhas relatam que o operador da máquina, Raimundo Genivaldo da Lima Costa, não teria travado o brinquedo. À época, ele foi submetido ao teste do etilômetro e exame toxicológico, com resultado negativo para ambos. As informações são do delegado responsável pelo caso, Matheus Costa Melo. 

De acordo com o delegado, o documento foi entregue ao Corpo de Bombeiros e à Prefeitura de Ceres, e por isso, os órgãos concederam alvará de funcionamento. Tanto o município quanto o estado podem ser alvos de ações cíveis. O promotor Marcos Rios recebeu o inquérito na última terça-feira (19) e informou que vai pedir novas investigações. Segundo ele, a proposta é pedir apoio a alguma delegacia especializada de Goiânia. 

O advogado Laurentino Xavier da Silva, que representa o responsável pelo parque, Juarez Alves da Costa, o operador do brinquedo, Raimundo Genivaldo da Lima Costa, e o dono do equipamento, Joel de Quadra, disse que seus clientes estão à disposição para prestar os esclarecimentos necessários.

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO) disse que instaurou procedimento administrativo para apurar a conduta dos profissionais envolvidos na ocorrência. De acordo com a entidade, ficou comprovado que o homem que se apresentava como engenheiro mecânico havia apresentado documento falso de registro no órgão. 

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