Construção de trincheira de passagem de ônibus no cruzamento da Rua 90 com Avenida 136 preocupa com

Na altura da Marginal Botafogo, no Jardim Goiás, também será implantado um viaduto. O local é considerado como um dos cruzamentos de maior movimentação em Goiânia

Postado em: 22-03-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Na altura da Marginal Botafogo, no Jardim Goiás, também será implantado um viaduto. O local é considerado como um dos cruzamentos de maior movimentação em Goiânia

Higor Santana*

Moradores e lojistas das proximidades da Rua 90 estão preocupados com as obras de construção de uma trincheira no cruzamento da Rua 90 com a Avenida 136. A preocupação, segundo os lojistas, é que a demora na entrega da obra possa prejudicar o comércio na região, como aconteceu nas obras do BRT, na região norte da cidade. A obra será construída no cruzamento das duas avenidas, no Setor Sul, e fará parte do BRT no trecho entre o Terminal Recanto do Bosque e o Isidória. 

Na altura da Marginal Botafogo, no Jardim Goiás, também será implantado um viaduto. O local é considerado como um dos cruzamentos de maior movimentação em Goiânia, e recebe um grande fluxo de veículos em horários de pico. De acordo com moradores da região, a construção do viaduto irá interferir no dia-a-dia de quem circula pelo local, além de atrapalhar o comércio. 

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O presidente do Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás (Sindilojas-GO), Eduardo Gomes, afirmou que existem alguns aspectos que podem contribuir ainda mais com a demora na conclusão da obra. “Além dos prejuízos em relação ao trânsito e à movimentação de pessoas, também há os aspectos ambientais. A área possui um lençol freático raso, ou seja, o nível de água pode comprometer o andamento dos trabalhos e afetar ainda mais quem trabalha, mora ou circula pelo local”, esclareceu.

Trânsito

O Sindilojas deseja ainda o envolvimento de comerciantes e população, através de esclarecimentos da prefeitura sobre cada etapa da obra, como desvios e bloqueios no trânsito, ou mudanças que não estejam previstas no cronograma original. “É uma obra que tem prazo para iniciar, mas não tem prazo para terminar. Estão todos extremamente preocupados com essa situação”, afirma Eduardo.

De acordo com o secretário de Infraestrutura, Dolzonan Mattos, a obra deve ser iniciada já no fim do mês de março, e conta com previsão de entrega para outubro. Segundo ele, detalhes da obra, estão prontos desde o projeto do BRT, mas que ainda precisam passar por ajustes e atualizações. 

A Secretária Municipal de Trânsito (SMT), que é responsável pelos estudos sobre o impacto da obra, informou que as alterações do tráfego e nas linhas de ônibus ainda estão sendo feitas, de forma a desafogar o trânsito e não atrapalhar o movimento nas lojas da região.

Protesto

Na última quinta-feira (21), a vereadora Dra. Cristina, do PSDB, convidou os demais vereadores da Câmara Municipal de Goiânia, a participarem de uma audiência promovida pelo Sindilojas, com o secretário Dolzonan Mattos. “Vamos realizar um debate sobre a interdição da Rua 90, vários comerciantes e a associação dos lojistas me procuraram e todos estão preocupados com o que vai acontecer ali”, afirmou a parlamentar.

No encontro, que será realizado no próximo dia 26, será entregue um abaixo-assinado contendo 400 assinaturas de moradores e lojistas preocupados com a construção da trincheira no cruzamento das duas avenidas ao secretário Dolzonan.

Em fevereiro, comerciantes da Avenida Jamel Cecílio e representantes da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio), estiveram reunidos com o vereador Paulo Magalhães (PSD) e representantes da prefeitura, para tirar dúvidas sobre a construção do viaduto. “Aquela região tem um comércio forte, por isso precisamos avaliar se quem trabalha lá será atingido por essa obra”, disse Magalhães.

Segundo o vereador, a preocupação é com a demora no tempo de execução da obra, a exclusão do estacionamento na via e o impacto que o viaduto irá causar no trânsito, afetando assim o movimento de clientes nas lojas.

O secretário da Seinfra afirmou que as obras custarão R$ 70 milhões aos cofres públicos. Segundo ele, o objetivo do viaduto é desafogar o trânsito na via durante o período de rush. (Higor Santana é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian)

 

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