Após ciclone, Moçambique enfrenta risco de surto de cólera

Na região da cidade de Beira, a mais atingida pelo desastre, há 228 mil pessoas abrigadas em ambientes sem condições de higiene

Postado em: 26-03-2019 às 08h35
Por: Suzana Ferreira Meira
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Na região da cidade de Beira, a mais atingida pelo desastre, há 228 mil pessoas abrigadas em ambientes sem condições de higiene

Pouco mais de 10 dias depois de o Ciclone
Idai passar por Moçambique, o país está sob alerta do cólera. Segundo as
autoridades estrangeiras, há vários registros de mortes em decorrência da
doença nos centros de acolhimentos.

Na
região da cidade de Beira, a mais atingida pelo desastre, há 228 mil pessoas
abrigadas em ambientes sem condições de higiene. A Cruz Vermelha Internacional
advertiu que Moçambique enfrenta momento delicado e cercado de ameaças. A
comida é escassa.

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O
cólera, o tifo e a malária são doenças transmitidas através da ingestão de água
ou alimentos contaminados e alastram-se em ambientes de pouca higiene.

Pelos
últimos dados, morreram 446 pessoas em Moçambique. Para as agências
humanitárias, o desastre em Moçambique tem semelhanças com as tragédias
humanitárias do Iêmen e da Síria.

Prevenção

A
Cruz Vermelha informou que adotou uma série de medidas para impedir os surtos
no país, inclusive com a instalação de dois hospitais de campo de emergência
seguirão. Os hospitais podem fornecer serviços médicos, cirurgias de
emergência, bem como internação e atendimento ambulatorial para pelo menos 30
mil pessoas.

Um
vôo de carga deve desembarcar, nos próximos dias, em Moçambique com voluntários
e água tratada para atender 15 mil pessoas por dia.

Fundos
de emergência devem fornecer assistência para cerca de 200 mil pessoas,
enviando água, saneamento e higiene, abrigo, saúde, meios de subsistência e
serviços de proteção nos próximos 24 meses.

O
ciclone Idai afetou mais de 1,85 milhão de pessoas em Moçambique, de acordo com
as Nações Unidas. A estimativa é que 483 mil pessoas tenham sido deslocadas
pelas inundações, que destruíram e submergiram uma área de mais de 3mil
quilômetros quadrados. (Agência Brasil)

 

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