Operação é deflagrada para apurar suposto esquema de fraude em empresas do aeroporto
Na deflagração da Operação Check In, a Polícia Civil identificou que a empresa que administra o estacionamento estaria fraudando o fisco municipal
Por: Redação
Eduardo Marques
A Polícia Civil (PC) deflagrou na manhã desta quinta-feira (04) a Operação Check In, que tem como alvo a empresa que opera o estacionamento do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, e outros quatro estabelecimentos localizados nas imediações do terminal aéreo que estariam fraudando o fisco municipal mediante sonegação do Imposto Sobre Serviços (ISS) por meio da não emissão de notas fiscais. Os suspeitos serão identificados e responderão por sonegação. Estima-se que o prejuízo causado ao erário pelas empresas investigadas alcança o montante de R$ 500.000,00 ao ano. A operação teve o apoio da Secretária Municipal de Finanças de Goiânia.
Segundo o delegado-titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT), Marcelo Aires, as investigações se inciaram por meio de denúncias de consumidores que exigiam notas fiscais pelos serviços prestados, porém as empresas não dispunham das mesmas.
A partir delas foram iniciadas as diligências e ficou constatado que o número de veículos que entravam no espaço não condizia com as emissões das notas fiscais. “A empresa que conseguiu o contrato de concessão não emitia as notas fiscais aos consumidores”, disse
“As empresas recebiam os valores dos clientes, mas não emitiam nota fiscal. Quando os consumidores exigiam, eles forneciam um documento, sem valor fiscal. Quando eram requisitados, apenas diziam que anotariam o nome da pessoa e enviariam por email, mas sequer faziam isso, porque aviavam as notas fiscais, de acordo com o número de veículos que entravam lá dentro”, afirmou.
Os outros estacionamentos nas imediações do Aeroporto Santa Genoveva, que foram alvo das investigações, também serão autuados pelos órgãos competentes. “A Prefeitura de Goiânia vai fazer o cruzamento dos dados dos locais com o número de veículos que usaram os serviços prestados pelas empresas”, ressaltou.
Em nota, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) esclarece que a operação policial realizada no Aeroporto Santa Genoveva teve como alvo a concessionária contratada para administrar o estacionamento, que não integra a empresa. As atividades aeroportuárias permanecem normais.
Matéria atualizada em 04/04/2019 às 17:26
