Greve na Educação prejudica alunos de 177 escolas no Estado

Segundo um balanço divulgado pela Secretaria de Educação do Estado de Goiás (Seduc), na noite última terça-feira (02), a paralisação de servidores da Educação, mobilizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Goiás (Sintego), afetou ao menos 177 unidades escolares em todo Estado. A paralisação, aprovada em assembleia, reivindica o pagamento do restante do salário de dezembro, o salário de março e o auxílio-alimentação retroativo a fevereiro.

O número abarca escolas que tiveram as atividades paralisadas de forma total ou parcial, e representa 15,7% do total de 1.121 unidades da Seduc, em Goiás. Já o Sintego informou que o movimento teve adesão de 206 escolas de forma total e 47 de forma parcial. Por lei, o governo de Goiás tem até o dia 10 para o pagamento salarial, mas os servidores o reivindicam dentro do mês trabalhado.

De acordo com a presidente do Sintego, Bia de Lima, na próxima segunda-feira (08), está prevista uma reunião em assembleia, para discussão sobre a paralisação. “Só na próxima segunda. Se você começa uma paralisação por assembléia, você tem que terminar ela em assembléia. Ainda temos que discutir sobre isso”, afirma.

A Secretaria de Educação informou que os professores que aderirem à paralisação terão que repor todos os dias e horas letivas perdidas por conta da greve. O governador Ronaldo Caiado (DEM), fez um apelo e pediu aos servidores o fim da paralisação. “Todos sabem o esforço que tenho feito. Neste momento a ponderação que faço é que, por favor, nos ajudem”, disse.

Caiado também comparou a pasta com outras categorias, e ressaltou que a folha de março dos servidores será quitada até hoje. “Já pagamos 92% do salário de março e a primeira parcela de dezembro. Tenho certeza absoluta que vão seguir o mesmo caminho da nossa Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, agentes penitenciários, que também estão sem receber. A Educação é a categoria que tem o menor porcentual a receber. Tenho certeza que não vão penalizar as crianças. Isso é um apelo enorme que fazemos. Não podemos ter isso em um ano que vai ter Prova Brasil”, pontuou. 

A presidente do Sintego disse que a mobilização continua e que irão em outras unidades escolares em busca de mais apoio. “A nossa greve não é pelo pagamento do mês de março. É pelo mês de dezembro, pelo retroativo e para que o Estado pague dentro do mês trabalhado”, explica

Resposta

A Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás (SEFAZ) disse que iniciou o pagamento do mês de março a todos os servidores na última terça-feira (2) e que até o dia 10, todos os servidores terão recebido o vencimento. A Seduc lembrou que o não pagamento da folha foi uma dívida deixada pelo governo anterior. (Higor Santana é estagiário do Jornal O Hoje sob orientação do editor de cidades Rhudy Crysthian)