Pontes e estradas ruins prejudicam escoamento

Estudo aponta piores locais para produtores e caminhoneiros

Postado em: 22-04-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Estudo aponta piores locais para produtores e caminhoneiros

Isabela Martins*

Produtores e caminhoneiros de Goiás estão sofrendo com o estado das pontes e rodovias. Levantamento realizado pelo Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (IFAG) mostra os locais onde a situação é mais crítica. As GOs que cortam o Estado são as que apresentam piores condições, o que e geram prejuízos aos produtores. O levantamento feito pelo IFAG aponta que os piores trechos são os da GO-306 e a GO-050 na região de Chapadão do Céu, Sudoeste do Estado, e nas GO-178 e GO-180, em Jataí.

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Em época de escoamento da safra de grãos, quem roda pelas estradas goianas sofre com o estado de conservação das rodovias. Segundo o diretor técnico do IFAG, Alexandro Santos, poucas demandas foram atendidas em termos de operação tapa buraco. “Principalmente nesse período chuvoso, onde é mais complicado efetuar essas operações de manutenção, o estado de degradação de algumas rodovias piorou, e nesse momento estamos em período de escoamento”, afirmou.

Segundo o diretor técnico, o levantamento foi feito a partir de demandas dos próprios caminhoneiros e produtores. “A gente recebe demanda aqui toda semana de rodovias que estão em estado crítico, ou que precisam de uma determinada manutenção em termos de finalização”.

Em época do período chuvoso as estradas se deterioram mais rápido, e com o fim do transporte da safra de grãos, no caso soja e milho, começa agora a safra de cana de açúcar, o que demanda muito mais estrada, principalmente na região Sudoeste e Norte de Goiás. “Nós temos que lembrar que nesse momento os produtores estão fazendo a aquisição de insumos para a próxima safra, então é uma via de mão dupla. São produtos saindo das propriedades rurais e produtos que estão chegando”, afirmou Alexandro. 

Insatisfação 

O caminhoneiro Abdalio dos Santos, roda pelo Estado e encontra dificuldades em alguns locais. “Principalmente na GO em Jataí, por conta da situação das estradas já tive prejuízos com meu caminhão. Fiquei parado no meio do caminho quando um pneu estourou depois de passar por um buraco na rodovia”. Ele afirma que pelo caminhão ser o seu sustento acaba acumulando prejuízos por ficar parado. “Quando tem esse tipo de problema chega a ficar horas parado, isso atrapalha nosso trabalho, além da nossa segurança ser colocada em risco. Quem vive nas estradas acaba sendo prejudicado pela situação triste que se encontra as rodovias”.

Trocas

No início do mês a Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) fez a substituição de uma ponte de madeira por uma estrutura de concreto na GO-326, em um trecho não pavimentado entre Bacilândia e Jaupaci. Segundo o órgão, a mudança programada com montagem e encabeçamento da ponte, foi para garantir melhor trafegabilidade na região. A Goinfra não passou o número de pontes que existem em Goiás e nem o número de trocas realizadas nos últimos anos. 

Em março, um bueiro que fica perto do trevo de acesso ao trecho de Israelândia, Sudoeste do Estado, desabou após fortes chuvas, o que levou a interdição total da GO-060. Uma ponte provisória foi instalada no local após o governador Ronaldo Caiado (DEM) declarar estado de emergência e firmar acordo com o Ministério de Desenvolvimento Regional. Dias depois o Exército liberou o tráfego de veículos após substituição por uma ponte metálica que foi cedida e instalada pelo órgão.

Estado crítico 

Para o diretor técnico do IFAG, o estado mais crítico das pontes pode ser encontrado nas rodovias e estradas municipais. Muitas vezes o poder público municipal encontra dificuldade de restaurar ou até fazer a substituição das pontes de madeira, ou de um material mais frágil por pontes de alvenaria ou de concreto armado que são de fácil montagem. (Isabela Martins é estagiária do Jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian)    

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