Hospital Materno Infantil ganhará nova unidade

Hospital pode ser construído na região Sul de Goiânia e custar 40% menos

Postado em: 26-04-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Hospital Materno Infantil ganhará nova unidade
Hospital pode ser construído na região Sul de Goiânia e custar 40% menos

Isabela Martins*

Projeto de construção de um novo Hospital Materno Infantil (HMI) pode sair do papel.  A nova unidade vai ser uma parceria entre o governo do Estado junto com a organização World Family Organization (WFO) para atender crianças, gestantes e mães em Goiás. Algumas áreas estão sendo analisadas para a construção, como a região Sul, próximo ao Parque Atheneu. 

Continua após a publicidade

A organização internacional não-governamental é associada ao Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas (ONU) e já construiu outras unidades de saúde, como o Hospital da Criança de Brasília (HCB). A entidade é especialista em construir hospitais que podem custar 40% menos do que os convencionais. No início do mês, o deputado federal e médico Zacharias Calil já havia articulado uma reunião entre representantes do governo e da WFO. 

Segundo Zacharias Calil, ainda está sendo estudada a necessidade de leitos. “Se for analisar, seriam quase 500 leitos necessários para gestante, criança, adolescente. Incluiria terapia intensiva, UTI neonatal e leitos intermediários”. De acordo com ele, a própria organização planeja fazer por etapas, fazendo um hospital de 200 leitos e ir ampliando gradativamente essa unidade. “No momento está descartado a ideia de fazer um hospital de 500 leitos. Hoje em dia não se usa isso mais, pois é um prejuízo muito grande, devido à área extensa que você vai ter que envolver, funcionários, equipamentos, e isso no momento está descartado. No caso de Goiás, a prioridade é a criança”, afirmou.

Protocolo

O Governador Ronaldo Caiado se reuniu com a presidente Deisi Kusztra, da WFO, e assinou um protocolo de intenções para a implantação do novo HMI. “Espero que rapidamente possamos transformar este protocolo numa realidade com a instalação de um novo Materno para dar mais qualidade de atendimento ás nossas gestantes e recém-nascidos”, afirmou. O próximo passo será dar início aos estudos para a realização do projeto. A intenção de construir um novo hospital já vinha sendo citada pelo secretario de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino.

Agora, a organização e a equipe do governo devem realizar reuniões semanais para planejamento do projeto que passará por avaliação do governador. “Temos uma metodologia própria de fazer esse tipo de projeto e estamos trazendo ao governador a ideia, a convite dele, assinando o protocolo de intenções que nos abre a porta para que sentemos juntos com as equipes técnicas do governado, e analisemos o que precisa e como pode ser feito”, afirmou a presidente da WFO. 

A presidente chegou a visitar o HMI e mostrou interesse em construir a nova unidade. “O importante é que estou vendo que existe uma vontade política de que a infraestrutura da rede modifique. Faremos uma boa parceria”. Os dados da construção foram apresentados por Zacharias Calil, e pode representar economia de 40% comparada a outras construções. “Eu já venho buscando tornar esse sonho em realidade já faz tempo. Estive visitando o Hospital da Criança em Brasília, que foi construído em parceria com a WFO. Depois entrei em contato com eles e marquei uma reunião. Eles adoraram a proposta e o projeto apresentado”, afirmou o médico. 

Problemas 

A construção de uma nova unidade vem após diversos problemas que o HMI está enfrentando como a falta de leito e superlotação. Para tentar desafogar o atendimento na unidade, parte do atendimento foi levado para o Hospital Estadual Governador Otávio Lage (Hugol) na região noroestes de Goiânia. As crianças estão sendo transferidas gradativamente para a unidade. Segundo a assessoria do Materno Infantil, entre os dias 12 e 25 de abril foram 65 pacientes transferidos. Desses, 20 foram para leitos de UTI Pediátrica e 45 para a Enfermaria. Um paciente está aguardando ser transferido para enfermaria. (Isabela Martins é estagiária do Jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

Veja Também