Prefeito de Piranhas e servidor público são acionados pelo Ministério Público

Gestor e funcionário são envolvidos em esquema de concessão de gratificações indevidas

Postado em: 26-04-2019 às 11h20
Por: Jefferson Pereira dos Santos
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Gestor e funcionário são envolvidos em esquema de concessão de gratificações indevidas

Da Redação

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) propôs ação civil pública contra o prefeito de Piranhas, Eric de Melo Silveira, e o servidor municipal João Coelho Filho por ato de improbidade administrativa. Na ação, é possível ver gratificações indevidas pagas pelo prefeito ao funcionário público. 

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No processo, além da condenação pela improbidade, é pedido que o prefeito fique proibido de conceder simultaneamente a um mesmo servidor gratificação de função e gratificação de trabalhos extraordinários, por incompatibilidade das respectivas verbas.

Ainda no processo, o promotor de Justiça Luís Gustavo Soares Alves, responsável pelo caso, relata que João Coelho assumiu um cargo público de analista de licitações, de provimento efetivo, em 2014, lotado atualmente no gabinete do prefeito, tendo sido levada ao MP a notícia de que ele recebia indevidamente benefícios como gratificações e adicionais.

Questionada pela promotoria local, a prefeitura afirmou pagar duas gratificações a João Coelho, a de função e a de trabalhos extraordinárias, o que teria previsão no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis Municipais. O MP, então, mostrou à administração municipal esclarecimentos sobre a irregularidade na concessão das gratificações que vinham sendo pagas ao servidor, entre março de 2017 e setembro de 2018, uma vez que, já exercendo função comissionada e recebendo gratificação correspondente, torna-se incabível o recebimento de horas extras, por incompatibilidade de verbas.

Na época, o promotor também oficiou aos dois acionados para que eles informassem interesse na celebração de termo de ajustamento de conduta com o MP, visando à restituição ao erário dos valores pagos indevidamente a título de gratificação pela prestação de serviços extraordinários. Em resposta, o prefeito rejeitou a proposta, enquanto o servidor sequer prestou qualquer informação, motivando, portanto, a propositura da ação.

A equipe de reportagem do Jornal O Hoje tentou contato com a prefeitura de Piranhas, mas, até o fechamento desta matéria não obteve resposta. 

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