Usina fotovoltaica deve gerar emprego e fortalecer turismo

Construção de usina em São João d´Aliança visa a criação de mil postos de trabalho e deve fortalecer economia na região nordeste do Estado

Postado em: 03-05-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Construção de usina em São João d´Aliança visa a criação de mil postos de trabalho e deve fortalecer economia na região nordeste do Estado

Higor Santana*

A construção da usina fotovoltaica na cidade de São João d´Aliança, no Nordeste goiano, deve criar cerca de mil novos empregos diretos, contribuindo com o desenvolvimento econômico da região. De acordo com dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação (Sedi), com a criação da usina, o turismo também deve receber uma valorização. A produção de energia elétrica deve chegar 600 Megawatts de potência, se tornando a maior usina do mundo no seguimento.

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A iniciativa é resultado da parceria entre o Governo de Goiás e as empresas sul-coreanas KSB e EnspireGroup, e conta com um investimento previsto de US$ 2 bilhões (aproximadamente R$ 8 bilhões). Segundo o secretário de desenvolvimento, Adriano da Rocha Lima, a oportunidade é como uma válvula de desenvolvimento para a região que, apesar do IDH baixo, tem uma das mais privilegiadas regiões de produção de energia solar do Brasil.

Além da instalação da usina, Adriano revelou que a abertura de uma fábrica para a produção das placas fotovoltaicas. Para o secretario, o terreno de quase dois mil hectares, atende todas as características necessárias para a instalação da usina.

O empresário sul-coreano Park Jong-Bok anunciou também a criação de outro grande projeto do grupo para a região. A idéia é construir um complexo turístico de referência nacional, que abrigue atividades de lazer e tenha condições de receber turistas de todo o País. O investidor enfatizou também que a própria usina já se transformará em uma atração aos visitantes.

Park Jong-Bok exaltou a qualidade da mão de obra brasileira como grande aliada para a instalação da usina. “Não tenho dúvidas de que nós temos a melhor tecnologia para fazer este tipo de projeto. A mão de obra e todos que irão administrar o projeto serão os brasileiros. Vamos abrir mais um leque de empregos no País. O Brasil poderá exportar essa tecnologia, made in Brasil, para toda a América Latina. Não serão produtos coreanos, serão produtos brasileiros com tecnologia coreana”, disse.

O governador Ronaldo Caiado comemorou o anúncio e ressaltou a potencialidade local. “O Nordeste goiano vai virar uma área com estrutura instalada, um ponto de referência tecnológica, com uma empresa de ponta produzindo placas fotovoltaicas. A extensão do projeto poderá ainda se transformar numa área turística, é um momento inédito em Goiás”, pontuou.

Visita 

Na tarde da última quarta-feira (1º), o titular da Sedi e a Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Andréa Vulcanis, acompanharam a visita da comitiva sul-coreana à cidade de São João d´Aliança, onde a empresa KSB Energy vai instalar a usina. É a segunda vez que representantes das empresas visitam o local.

Segundo o CEO da KSB Energy no Brasil, José Vieira, as informações coletadas nessa segunda visita serão remetidas à Coreia do Sul, onde serão realizadas reuniões com outras empresas do país que estão apoiando o empreendimento. “Já temos uma personalidade jurídica no País, a KSB Brasil, o que significa que já podemos dar entrada na documentação e iniciar o plano de negócios da usina”, explicou José Vieira, citando os próximos passos do projeto.

Andréa Vulcanis se mostrou confiante com o projeto. “Estamos animados e, da parte da Semad, daremos todo o apoio para que o empreendimento seja estruturado de forma a garantir que o andamento seja célere, mas que também seja garantida a sustentabilidade e o respeito ao meio ambiente”, afirmou.

Energia solar fotovoltaica

A energia solar fotovoltaica é obtida pela conversão da luz do sol em eletricidade. Para isso, são utilizados painéis fotovoltaicos, de onde vem o nome da energia gerada dessa forma. Ela possui vantagens em relação a outras matrizes energéticas, como, por exemplo, os combustíveis fósseis. É limpa, pode ser instalada em qualquer lugar, é uma fonte inesgotável, pois é abastecida pela luz solar, tem baixa manutenção e é de fácil instalação.

A usina, que deverá ser a maior do gênero no mundo, superando a usina Parque Solar Nova Olinda, no Piauí, que gera 290 MW e a usina Chinesa, considerada a maior do mundo, com produção equivalente a 500 MW. (Higor Santana é estagiário do Jornal O Hoje sob orientação do editor de cidades Rhudy Crysthian) 

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