UFG realiza assembleia parar tratar sobre cortes

Redução de verbas na instituição chega aos R$ 32 milhões

Postado em: 13-05-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Redução de verbas na instituição chega aos R$ 32 milhões

Isabela Martins*

A Universidade Federal de Goiás (UFG) convoca a comunidade acadêmica para uma Assembléia Universitária que será realizada no campus Samambaia. A reunião, que deve ocorrer hoje, envolve alunos, professores, técnicos administrativos e irá discutir os recentes cortes que bloqueou cerca de R$ 32 milhões em recursos para a manutenção básica da instituição.

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A convocação foi divulgada no canal oficial da UFG que considera que os recursos cortados irão afetar diretamente nas despesas de água, energia, contratos de prestação de serviços, restaurantes e hospitais universitários, “comprometendo seriamente o funcionamento das atividades de ensino e pesquisa e extensão”. O texto aponta ainda que os recursos à universidade federal não podem ser considerado como gastos, e que as instituições públicas de ensino são geradoras de conhecimento e tecnologia, o que resulta em políticas públicas que colaboram com toda a sociedade.

O anúncio dos cortes nas universidades federais no país ocorreu após declarações do ministro da Educação Abraham Weintraub. Do total do dinheiro bloqueado da instituição R$ 27 milhões correspondem a verba de custeio na manutenção. Os outros R$ 5 milhões são destinados aos investimentos na instituição para a construção de novos prédios ou compras de equipamentos. 

Atualmente, a UFG tem aproximadamente 23 mil alunos em cursos presenciais. São cinco regionais da universidade localizadas em Goiânia, Catalão, Jataí, Cidade de Goiás e Cidade Ocidental que ainda está em implantação. As unidades contam com 150 cursos de graduação, 62 mestrados e 31 doutorados. 

A UFG foi criada pela Lei nº. 3.834 C, de 14 de dezembro de 1960. Segundo apresentação no site, seu objetivo é “produzir, sistematizar e transmitir conhecimentos, ampliar e aprofundar a formação do ser humano para o exercício profissional, a reflexão crítica, a solidariedade nacional e internacional, com o objetivo de contribuir para a existência de uma sociedade mais justa, em que os cidadãos se empenhem na busca de soluções democráticas para os problemas nacionais

Institutos 

O corte anunciado pelo Ministério da Educação (MEC) deve atingir a todas as universidades e institutos federais do país. De início havia sido anunciado cortes apenas na Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal Fluminense (UFF) e Universidade Federal da Bahia (UFBA). Depois ficou confirmado que a redução seria para todas as instituições federais. No Instituo Federal de Goiás (IFG) a redução pode ser de 36,3%, cerca de R$ 16 milhões. 

Os impactos com os cortes para o Instituto Federal de Goiás poderão ser sentidos no ensino, pesquisa, extensão e contratos firmados. Outro fator será na manutenção da instituição que conta com 14 unidades. A preocupação nessas instituições federais é com relação ao segundo semestre do ano letivo, época em que começariam as cortes.

Para averiguar os cortes nas instituições, o Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO) abriu investigações para apurar a situação. O órgão pede ao MEC e ao Ministério da Economia que informem em um prazo de 15 dias os motivos que levaram ao corte de orçamentos e se foi feito algum estudo prévio sobre como a medida pode impactar os estudantes.

No mesmo prazo, pediu informações às unidades afetadas para saber quais e quantos cargos devem ser cortados, o valor que devem deixar de receber por conta do bloqueio e como o funcionamento de cada instituição pode ser afetado. (Isabela Martins é estagiária do Jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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