“Doutor Bumbum” tem registro profissional cassado pelo Cremego

Foto: Divulgação/Redes Sociais 

Eduardo Marques

O médico Denis Cesar Barros Furtado, conhecido como “Doutor Bumbum”, teve o seu registro profissional cassado nesta segunda-feira (13). A decisão foi anunciada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) e cumpre a sentença protocolada pelo Pleno do Conselho Federal de Medicina nos autos do Processo Ético-Profissional CRM-DF 797/2016.

Apresentado pelo presidente do Cremego, Dr Leonardo Mariano Reis informa que a pena foi aplicada ao médico, em virtude de infrações cometidas referentes aos artigos 1º, 10, 11,40,68,112,113,115 e 118, do Código de Ética Médica.

“O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás […], cumprindo decisão protocolada pelo Pleno do Conselho Federal de Medicina nos autos do Processo Ético-Profissional CRM-DF 797/2016, tona público que na presente data (13/05) está sendo aplicada ao médico Denis Cesar Barros Furtado, por infrações aos artigos 1º, 10,11, 40, 68, 112, 113, 115 e 118 do Código de Ética Médica a pena prevista na alínea “e” do artigo 22, da Lei 3.268/57 com a ‘Cassação do Exercício Profissional’”, diz a nota assinada pelo presidente do Cremego, Leonardo Mariano Reis.

Nacional

No dia 30 de abril deste ano, o Conselho Federal de Medicina (CFM) homologou a cassação do registro profissional do “Doutor Bumbum”. A avaliação ocorre em processo aberto em 2016 no Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal do Distrito Federal (CRM-DF).

Ainda no ano passado, o conselho regional afirmou ter concluído o processo ético-profissional a favor da cassação do registro profissional. Faltava, contudo, que o CFM confirmasse a decisão.

Segundo a assessora de imprensa do Cremego, Rosana Rodrigues, o CRM-DF cassou o registro profissional do médico e o CFM homologou no dia 30 de abril deste ano. Por lei, de acordo com ela, quando um conselho regional cassa, os demais devem fazer o mesmo. “Quando um médico tem registro cassado em um estado, todos os outros repetem a mesma decisão”, disse ao confirmar a cassação oficial.

Caso

O apelido de “Doutor Bumbum” surgiu nas redes sociais, onde o médico era popular por postar fotos antes e depois de procedimentos, numa prática condenada pela comunidade médica. Ele chegou a ter 660 mil seguidores no Instagram. 

Ele teve a prisão decretada pela Justiça do Rio de Janeiro, em julho de 2018, e ficou preso por seis meses no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro, após a morte de uma paciente. Lilian Calixto realizou um procedimento estético com o médico, passou mal e veio a óbito.

Segundo a delegada responsável pelo caso, Adriana Belém, Denis já tinha sete anotações em sua ficha criminal, uma delas por homicídio, em 1997.  As outras seriam por porte ilegal de armas, crime contra a administração pública, resistência à prisão – por duas vezes –, violação de domicílio e exercício arbitrário das próprias razões.

O Hoje entrou em contato, por e-mail e telefone, com a defesa do médico e aguarda retorno.